Olááá, como vão meus weblovers? Espero que ótimos! Mas como
se atrevem a perguntar como EU estou?? Pois, sabendo que fui assistir
Vingadores este final de semana, considero como um insulto sequer indagarem o
meu estado! Gente, que final foi aquele?? Sério, eu me peguei realmente preocupada
em como a humanidade iria seguir depois disso! Mas, bem, depois de refletir
sobre os terríveis desastres naturais, genocídios e guerras pelos quais já
passamos, cheguei à conclusão de que, talvez,
possamos ter uma chance!
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Autor(a): Brian TavaresAno: 2018 |
E cuidado, meu caro leitor, porque sua sinopse pode enganar! Afinal, quem acreditaria que uma trama da qual uma “investigação criminosa ocorrendo em uma agência de modelos” é a base estrutural, poderia ser... Bem... Longe do que se consideraria interessante? Ela até tinha aquela vilã-que-morre-e-todo-mundo-se-pergunta-quem-foi, sabe?
O que nos leva à pergunta: o que, então, teria dado errado??
E o que acontece é que, talvez, o autor sequer tenha
evidenciado esse erro, pois, mesmo sendo uma grave falha recorrente na maioria
das webs atualmente, a mesma está entre as mais difíceis de serem detectadas
pelo escritor: a falta de carisma.
Alguma vez já aconteceu a você de alguém vir desabafar sobre
seus problemas e até com lágrimas nos olhos lamuriar sobre seus ouvidos, mas ao
invés de comover-se, você até mesmo chegou a pensar em outra coisa enquanto ela
falava? Comigo já, váaarias vezes. Isso é porque, provavelmente essa pessoa não
é íntima de você, ou até mesmo te causa um pouco de ranço. Veja, a razão pela
qual nos importamos com o que acontece aos outros, não está na gravidade da
situação em si, não mesmo, mas em quem ela afeta. Assim, podemos ver
intermináveis casos de assassinatos na Tv e não perdermos um segundo de sono a
noite, ao passo que, ao nossa mãe bater o dedinho no sofá, ainda ligamos para
saber se não inchou!
E dessa mesma forma acontece com este enredo! O autor
simplesmente joga seus personagens na história sem sequer nos apresentar! Suas
facetas, personalidades, desejos, nada disso nos é mostrado, fazendo com que, a
todo momento, estejamos lidando com um bando de estranhos! Como, por exemplo,
irei torcer para a protagonista conseguir o que deseja, se sequer a conheço
para saber se ela merece isso? E da mesma forma, como posso odiar uma
antagonista cujo os danos só causam mal a pessoas que não dou a mínima??
E a razão pela qual apontei que a falta de carisma é um erro
dificílimo de ser visto pelo próprio autor, é pelo conhecido “escritor
introspectivo”. O que ocorre é que, muitas vezes, o escritor cria a narrativa, suas
características, cenário, seus personagens - quem eles são, suas personalidades
- em sua cabeça, e tão apaixonado fica por eles, que esquece de descrevê-los
para o leitor, com a ilusão de que isso de alguma forma transparecerá durante a
escrita.
Mas isto é exatamente o que consiste a arte da escrita: ela
se fecha em si mesma, ou seja, não pode haver nada fora dela, o que significa
que, tudo o que tiver que ser sentido pelo leitor ou falado sobre a história,
DEVE ESTAR PRESENTE NO TEXTO! Caso contrário, usar-se-iam outras formas de
comunicação. Como um quadro, no qual, toda a informação contida, deve estar na
pintura, ou vocês acham que faria sentido se Da vinci apenas tivesse pintado
metade da monalisa, mas esperasse que nós a víssemos por inteiro, assim como
ele imaginou? (Você deve ter imaginado, agora, um bando de gente no museu de
Páris hoje, fotografando metade de uma mulher, certo?)
Porém, atualmente, o que parece é que todos os autores
acreditam que escrever seja uma espécie de telepatia criada entre ele e o
público em que, ele guarda todas as informações dentro da sua mente apenas, e
espera que, os outros, como que, com o capacete do chapolim colocado na cabeça,
possam receber a mensagem!
E isso, é evidente, não acontece, causando uma história
desinteressante e deixando um autor frustrado sem saber aonde errou!
Por isso, espero que esta crítica possa ajudar para que este
erro seja cada vez menos frequente. Pois vejam, eu poderia falar da falta de
protagonismo de Yasmim, do ritmo um pouco acelerado demais ou do erro de
sentido de algumas cenas, porém, isso não faria dela uma web ruim, pois, estes
deslizes eram muito pequenos, perto dos bons elementos que potencialmente a
fariam uma boa história. Mas ocorre que, a falta de carisma, ao mesmo tempo que
é indectável e arrasadora, é também, irreversível! O que significa que você
pode ter literalmente TODOS os elementos que levam uma obra a ser excitante,
mas se não tiver a última, NADA irá salvar sua história!
O segredo de toda a arte, enfim, está em comunicar-se com o
público, chamá-lo, encantá-lo. Ao fechar-se em si mesma egoistamente, então,
ela acaba por provocar o mesmo efeito sobre as pessoas, sentenciando a si mesma
sobre a “não importância”. E “não importar”, ao final, é que é a verdadeira e
aterradora morte, por onde fecham-se museus, pinturas ganham pó e pessoa
passam.
É isso aí gente, espero que tenham gostado do estilo da
crítica de hoje, em que, tentei explorar um assunto bastante importante para
mim e que, acredito, está afetando muitos escritores hoje. Não me senti dando uma nota para a obra, pelo motivo de não conseguir vê-la como uma narrativa, mas, ao invés, uma tentativa de uma. E pra quem quiser se
aprofundar mais neste assunto, sugiro o textos que fiz, “a importância da
ambientação. Beijoos e bye bye!
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