
E aii meus weblovers, tudo bem com vocês? Como foi o final de semana? Bem, graças a Deus o meu foi ótimo, mas não posso dizer o mesmo da minha segunda-feira, bom, pelo menos não as primeiras horas. De todas as discussões e brigas em que me meti, e vocês sabem que foram muitas, acredito que essa foi a que mais me irritou. Não pelo conteúdo do que diziam as vozes raivosas, pois repetiam a mesma prepotência de sempre, mas pela insistente canalhice delas. Mas não se preocupem, explicarei tudo a vocês em dois artigos que fiz. Se tem algo pelo qual sempre agradeço a esses aborrecimentos, é a inspiração que eles me dão para escrever. Mas, se tem algo que me inspira muito mais, é quando me deparo com um escritor talentoso. E este é o caso da obra de hoje!
Ah, já fazia tempo, de fato, em que não me deparava com algo decentemente escrito, o que estava me levando a pensar: será que eu bati a cabeça, fiquei em coma e acordei agora em um mundo novo, em que todas as histórias parecem cópias baratas de Avenida Brasil e uma mulher é presa porque um dia um policial viu alguém com uma tatuagem igual a dela na cena do crime? E realmente começava a perder as esperanças. Talvez então, a errada fosse eu, e uma novela não precisasse ter uma estrutura correta de acontecimentos, pelo contrário, quão mais bagunçadas e mal introduzidas fossem suas subtramas, melhor! Com vergonha, confesso, estive perto da loucura completa!
Até que, felizmente, uma luz veio me salvar e clarear meus sentidos novamente! De repente, me deparo com esta novela. E meu Deus! Percebi, surpresa, que podia descrever sua sinopse sem ter que me demorar anos para me lembrar o que aconteceu, não somente pela confusão da novela, mas pelo dano no cérebro que ela me causara. Não. Desta vez, eu sabia exatamente o acontecera na trama! E Oh, foi demais! E aparentemente, ela tinha um protagonista! Alex. Ele nasce em uma favela, vivendo de forma humilde, até que um dia, sua tia resolve lhe dar a oportunidade de estudar em um colégio para ricos.
Neste ponto, eu já estava completamente estabacada, pois algo de verdade acontecia na história para mudar o destino de algum personagem! Quem diria? Mas descobri que ainda havia muito por vir: pois é lá que ele conhece Afrodite, o grande amor de sua vida. Só que ocorre um porém, os pais da garota eram muito ricos, a medida que eram prepotentes e avessos a pobreza. “Oh my God, um impedimento!”, pensei, estupefata. Quem diria que teria algo para deter o sucesso dos planos dos mocinhos??
Foi quando um sentimento estranho me atacou. De repente, senti como se o que aqueles personagens estavam fazendo realmente importasse pra mim. Era como se eu conhecesse intimamente quem eles eram e quais eram suas motivações e torcesse para que eles alcançassem seus objetivos; e da mesma forma, me entristecesse quando eles não conseguissem. Eu já não assistia aos acontecimentos com passiva indiferença, que eu achava ser o sentimento normal, mas, surpreendente para mim, me vi querendo saber o que iria acontecer na história, vejam só!
E não é que acontece bastante coisa! E não são coisas aleatórias que nada tem a ver com o que acontecera antes, não, era como se elas tivessem um propósito! Era como se uma ação causasse uma consequência no futuro e isso levasse a outras! E isso foi simplesmente incrível, pois eu me senti como co-participante das ações que estavam definindo a vida daqueles personagens, ao mesmo tempo que eu não sabia exatamente quais elas seriam.
E foi assim, neste exato momento que eu entendi. Eu nunca estivera errada. Essa história conseguiu me mostrar de uma só vez a importância de se ter uma hierarquia de tramas, de estrutura nos acontecimentos, de introdução aos personagens, e tantas outras coisas das quais me acusaram de ser louca por as exigir. Quiseram me convencer que louco é aquele que mostra a verdade, e não aquele que se recusa a ver.
Houveram erros em “Amor e duas realidades”?. Sim. O maior deles foi o salto de 30 anos que a trama dá, que julgo desnecessário, pois absolutamente nada muda neste tempo. E quando digo nada, quero dizer nada, pois todos os personagens agem da mesma forma como antes da passagem de tempo. Como o filho de Tânia que, com 30 anos, age como adolescente, morando com a mãe e fazendo faculdade. Sem falar de Bruna que antes do salto temporal estava embarcando pros EUA e após 30 anos, tinha acabado de chegar! Ou o Thanos estalou os dedos e fez ela sumir, ou o autor cometeu um dos maiores erros de continuação que já vi em web novelas!
O romantismo também peca pelo seu tom carregado demais e um tanto forçado. O escritor, talvez pela falta de experiência, erra ao colocar elementos extraordinários como estrelas cadentes flechando o céu quando os mocinhos se beijam ou lotando os diálogos de poesia extremada, estranhos para dois adolescentes de 15 anos. Quando na verdade, o verdadeiro romantismo não está em inventar elementos fora da paisagem para enfeitar o quadro, mas retratar a vista de forma a ressaltar a beleza vista pelos olhos do artista. Ou seja, é procurar a beleza e poesia naquilo que existe na realidade e não artificiar elementos estranhos à trama, caso contrário, tudo soará superficial.
Mas apesar dos equívocos, esta trama realmente acendeu algo em mim. Com seu estilo único e encantador, que colore suas cenas com cores diferente e próprias, este autor me mostrou o poder de uma história feita com o coração, em que cada palavra sai de seu mais profundo âmago direto para o do leitor, construindo uma ponte, em que são transferidas e compartilhadas as mesma emoções e ao mesmo tempo deixa passagem para que o leitor entre em seu mundo.
E este verdadeiramente é o papel do verdadeiro escritor. Não apenas jogar palavras como dados em um jogo em que ele pretende vencer, mas usá-las para construir as portas de entrada à um mundo novo e único, do qual, antes, somente ele possuía as chaves.
Então é isso gente, espero que tenham curtido. E fiquem ligados para os próximos artigos hein, eles estão imperdíveis. Até a próxima. Beijoo e bye bye!

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Notas DIGG TV
1. Essa coluna está protegida pela lei nº 9.610/1998, Art. 46 III, que protege a utilização de qualquer obra ou trechos dela, em qualquer mídia ou meio de comunicação para fins de crítica, estudo, ou polêmica.
2. As opiniões expressas nessa coluna não refletem necessariamente as da DIGG TV. Elas são de total responsabilidade do autor.
3. Este quadro não tem como intuito rebaixar ou menosprezar qualquer autor ou obra, mas sim, de abrir um diálogo em prol da qualidade literária.
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