Pedro
olhava para o celular mais uma vez. Porém, não havia recebido nada.
As
palavras de Raquel não saiam de sua mente. Mas não tanto quanto o rosto de
Rebeca.
Ouviu sua
mãe entrar.
-
Filho... Está acordado? - Perguntou cautelosa.
- Sim...
- Respondeu em tom de devaneio.
- Eu só
queria saber se está tudo bem, você não foi jantar hoje!
- Eu
estou meio cansado, só isso! - Exclamou disfarçando.
- É essa
garota Rebeca, não é?... Você a ama filho?
- Sim...
- Ele parou por um momento. Os olhos desviaram-se - ... Sim...
- Me
desculpe filho, por ter pensado que a Raquel fosse sua namorada, é que eu
sempre achei vocês perfeitos um pro outro, o jeito que ela te olhava... Bom,
mas se você não sente nada por ela, eu vou respeitar sua decisão! - Falou em
tom maternal - Boa noite! - Levantou-se retirando-se.
- Boa
noite mãe! - Sorriu ele sem vontade. Os olhos baixaram.
Chegou o
dia do julgamento. Sr. Paulo estava na sala do tribunal quando observou sair
senhor Sérgio. Os dois cumprimentaram-se discretamente de longe. Paulo sabia
que seria um julgamento difícil, pois não possuía testemunhas relevantes contra
Sérgio.
Quando
estava sozinho na sala, então, observou David entrar.
- Ah!
Senhor Martins! Veio assistir o julgamento?... É por ali... - Avisou
rispidamente sem desviar os olhos dos papéis.
- Não
senhor... - David aproximou-se calmamente - Eu vim pra testemunhar contra meu
pai!
Paulo levou
um choque.
- Então
quer dizer...
- Sim! Eu
vim fazer a coisa certa! Eu disse que não faltaria com a minha palavra e de
qualquer jeito eu pagaria! - Respondeu o rapaz com firmeza.
- Sabe...
Li sobre o que aconteceu nos jornais e Rebeca me disse que Carlos tentou
matá-los!
- Senhor,
juro que a minha intenção nunca foi colocar a Rebeca em perigo!
- Não
precisa explicar, minha filha contou-me tudo! - Explicou Paulo.
David
abaixou a expressão.
-
Felizmente... Meu pai levou a bala pra nos salvar... - Falou com dor.
- E mesmo
assim falará contra ele? - O senhor o encarou incrédulo.
- Sim!...
Meu pai me pediu e eu estou decidido que é o que devo fazer! - Completou firme.
De
repente, Sr. Paulo pôde perceber a nobreza e caráter presentes em David. E
soube nesse exato instante, porquê sua filha havia apaixonado-se por ele.
- Muito
bem, quando eu o chamar... Venha até a sala! - Avisou Paulo se retirando, ainda
admirado.
O
julgamento havia começado. Sérgio esperava tenso por sua sentença. Quando foi
chamado para responder as perguntas de Paulo, como advogado de acusação,
respondeu com verdade a todas as suspeitas e ainda denunciou com coragem seu
sócio.
David foi
chamado. Respirou fundo. Olhou para o pai que permanecia sério. Lembrou-se de
Rebeca ''Eu sei que é difícil... Mas tem que fazer a coisa certa!".
O juiz
dirigiu a ele algumas perguntas. Ele contou tudo o que viu.
Após, Sr.
Paulo mandou que ele espera-se em uma sala reservada, pois logo sairia o
resultado.
David
sentou-se aflito. Seu pai poderia sair, ou ser condenado a anos de prisão.
Elevou as mãos ao rosto. Estranhamente sentia-se livre. Pela primeira vez não
carregava aquela presença atrás de si, aquele passado do qual estava sempre
tentando escapar. Finalmente, havia enfrentado seus medos, nem todos porém.
Ouviu
alguém mandá-lo voltar. O juiz anunciaria a sentença. Todos assistiam
estáticos. O juiz logo tomou a palavra:
- O
Ministério Público denunciou no presente processo, o réu Sérgio Martins Nunes
aqui presente, como incurso no artigo 312 do código penal pelo crime de
desfalque de dinheiro. Uma quantia somada em 132 milhões de reais...
Sérgio
tentou segurar a angústia, enquanto David assistia a tudo. Sr. Paulo esperava
em tom sério.
-
Submetido a julgamento foi o acusado Sérgio Martins Nunes condenado a treze
anos de prisão e remissão de uma multa a empresa! - O juiz bateu o martelo.
Sérgio
obteve um movimento de alivio. Foi levado pelos guardas. David, então, caminhou
entre a desordem de pessoas e jornalistas e o abraçou.
- Pai...
- Falou ele abraçado ao senhor.
- Me
orgulho de você filho... - Sérgio arfou entre os ombros dele.
Nada o
poderia satisfazer mais que o perdão do filho.
Sr. Paulo
que recebia as congratulações dos colegas, olhou a cena estático.
Sérgio
foi levado então preso.
Rebeca
continuava em casa a esperar pela volta do pai. Nada aparecia na tv com a
notícia.
Finalmente
ouviu seu pai entrar na sala. Veio rapidamente ao encontro dele.
- E
então... Como foi o julgamento? O Sérgio foi condenado? - Ela perguntou
angustiada.
- Sim! - Sentou-se
ele - A treze anos de prisão!
- Ah não!
Imagino como David via ficar ao saber! - Ela exclamou desconsolada.
- A
verdade filha... É que David já sabe! Foi ele que testemunhou contra o pai!
Rebeca
surpreendeu-se.
Que pena do pai do David eu achei ue ele ia ficar livre!
ReplyDeleteeu to adorando acompanhar!
bjs
Amei o capitulo!
ReplyDeleteAchei linda a pagina do facebook, ja curti!
bjs
Achei que o sergio ia ficar livre, mas ele tinah que pagar pelo crime dele!
ReplyDeleteTo achando otima a historia, parabens!
beijos