Erika G.

Oláá baiiixinhos!!! Quem tá pronto pra pegar a pipoca e ver aquele filme infantil? Haa, que alegria juntar a criançada e assistir a monstros, tristeza e morte! "Opa, peraí Erika, tá louca? Morte?". Pois é, meus caros leitores, se engana quem pensa que o filme que irei comentar hoje não passa de um "conto infantil". Há muito mais por trás desta misteriosa fábula! E devo dizer, esta obra realmente me encantou!

"Sete Minutos Depois da Meia-Noite " vem com uma proposta interessante, mas com um tom manjado: menino em conflitos imagina, ou encontra um "monstro amigo". No entanto, nada, desde de o tom até o enredo, é como o esperado. E nisso, apresentar-nos a atmosfera inocente da criança, contrastando logo após com a feia realidade do presente, encontra-se a força da trama. Beirar o imaginário infantil de cada um, que mesmo já adulto, nunca deixa de existir. E lá, nesse lugar de lembranças, medos e emoções juvenis, comover e enredar o telespectador a sentir como o pequeno Conor. Suas dores e conflitos.

E isso é devido não só ao autor, muito inteligente em retratar as emoções de seus personagens, mas também, a incrível sensibilidade do diretor. Que soube cativar os sentimentos do telespectador em cada cena, ângulo ou diálogo.

Sem deixar de dar as honras, merecidíssimas, ao pequeno ator. Que interpretação! Menções a todos os outros, assim como fotografia e efeitos especiais.

Mas tudo isso é apenas a cereja do bolo para uma história com tanto a dizer. Considero esta a mais importante mensagem da mesma: "Na vida, o que importa não é o que você pensa ou sente, e sim, o que você faz". Uma verdade incontestável e algo que, pessoalmente levo para mim.

O retrato de temas como a morte nunca foram tratados de forma tão sã, bela e inteligente. Fazendo desta obra não um filme para crianças ou adultos, um filme para todos.