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Título Original: Whiplash Diretor: Damien Chazelle Ano: 2014 |
Olaáá meus leitores maaravilhosos, vocês estão bem? Tiveram um daqueles dias em que tudo vai bem deixando a gente com aquele sentimento de alegria e paz interior? Então que tal trocar isso por tensão, agonia e medo? kkkk. Pois é, foi pra estragar seu dia que eu vim hoje. Mas acredite, valerá a pena. E o motivo é que o filme que irei comentar tem de perturbador, o mesmo que tem de apaixonante.
Whiplash: Em Busca da Perfeição conta os conflitos de um
jovem que quer se tornar o melhor baterista de sua década. Como grande fã de filmes dessa temática, havia já conjecturas
de minha parte, no entanto, este conseguiu me impressionar por seu jeito
original de mostrar a sina pela perfeição. Ao contrário de outros, "Cisne Negro"
por exemplo, o desejo do protagonista não está em atingir uma visão perfeita de
si, e sim, de se configurar em uma pessoa que todos admirem, ou seja, ser
aceito e amado. Transferindo este intento ao professor, logo, o mesmo se torna
seu padrão do que é perfeito, belo e ideal. E o menino passa a viver para
agradá-lo.
Outra surpresa foi o papel de Fletcher, que ao contrário do
que sempre foi mostrado, não se torna uma figura caricata. Nem aquele que
dirige todas suas atenções e afeto ao pupilo. Ele possui própria personalidade,
razões. O que infere mais humanidade ao mesmo.
As cenas são intensas, o tornando um filme difícil de
assistir. Não por nenhum exagero, tom elevado, e sim, pelo enredo sabiamente
sorrateiro que cria a predisposição ao clímax, assim também a virada, que se
revela com Andrew suplantando a autoridade que Fletcher tem sobre sua visão de
si mesmo. A partir deste momento ele passa a viver para si e toma os rumos de
sua própria vida.
Atuações impressionantes de ambos, diálogos e momentos
brilhantes tornam esta trama em um espetáculo à parte. Realmente um filme para
refletir, e se relacionar.
Vejo esta sendo a mais forte mensagem do filme: nunca deixe
ninguém ditar quem você é e os rumos de seu destino.
Whiplash trás novidade e sofisticação a um estilo sempre
interessante: a alma humana e suas procuras. Mas não é de perfeição que o filme
se trata, mas sim, da eterna busca por sermos reconhecidos.
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