Todavia, hoje temos visto uma sociedade, totalmente apegada ao sentimento. Ironia máxima, quando constatamos a frivolidade nunca antes vista nos dias atuais. Querem ver-se constritados para estender a mão, não vendo que no momento mesmo que o fizessem já estariam mostrando compaixão. O amar está em amar. Simples. No entanto, divino demais para nós. Nos concentramos em romance, relacionamentos ideias, presos a uma imagem falsa de que o amor está em gestos. Quando no inverso encontra-se a verdade. É o amor, puro e simples que entrega os atos mais belos. O amor não está, por conseguinte, na flor que se dá, no carro que se compra, no encontro perfeito, nas permissões sem limites, na foto impecável...
Ele está no pedir perdão apesar do orgulho, emprestar os ouvidos mesmo quando desinteressada, dizer não para algo que sabe ser ruim, aceitar as opiniões do outro, mesmo não sendo as suas, saber o ponto fraco de alguém e nunca usar sentindo o maior ódio, desejar o bem mesmo que esse bem não seja você...
E em outras formas e nuances o amor se deixa ver. Nenhuma delas em novelas, na moda ou em voga. Mas representantes do único amor capaz de realizar o sentimento humano, que feito do mesmo material celeste, deseja-o ardentemente.
Contudo que amor seria este? A língua grega descreve-o em quatro: Eros, a relação entre o homem e a mulher, Philos, a amizade, Storge, entre pais e filhos e Ágape, o de Deus para conosco. E o que diferencia todos deste último é o ser que o emana: perfeito e eterno.
Por mais que amemos nossos pais, esposos e filhos sabemos que somente o fazemos porque eles nos trazem bem ou nos ligamos de certa maneira, razão pela qual não sentimos um amor igual por toda a humanidade, nosso sentimento, então é condicionado a situações. E por mais perfeito que seja uma relação, sua própria natureza terrestre a fada ao desfecho quando a morte chega para nós. Como então encontrar um amor que não esteja dependente a condições e que seja eterno como nossa própria essência o é?
E sabendo disso é que este mesmo criador colocou em nós o desejo por este amor maior que nossa vivência mundana. O amor então não apenas atrai por seu mistério, mas pela necessidade intrínseca que temos dele. Pelo querer ser amado por este Deus.
Finalmente, cabe a nós diante disso unicamente aceitarmos e nos maravilharmos com tamanha demonstração de afeto. Sempre nos disseram “Deus é amor”. Mas agora, mais do que nunca vejo, o amor é Deus!
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