Olááá meus weblovers adorados, tudo bem com vocês?? E gente,
eu havia dito no último artigo que nesta semana eu faria aniversário lembram? (Houveram
vários presentes maravilhosos? Sim! Houve festa? Não! E namorado? Iii, vamô
parar por ai...), mass, no meio disto tudo eu acabei esquecendo de outra
aniversariante! Sim, esta coluna aqui! Pois foi em 20 de março de 2018 que
escrevi meu primeiro artigo. Ainda tímida e sem experiência em minhas análises,
mais parecia a Glória Pires nos comentários do OSCAR, mas só foi me dar um
tempinho, que virei esta chata polêmica que vocês adoram haha! Então porque não
comemoramos o nascimento desta coluna tão magnífica com a crítica de uma web
sugerida por vocês?
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Autor(a): Anthonny Ano: 2018 |
E ela conta a história de... Olha, na verdade, eu não sei, porque
supostamente seria a narrativa do casal Celeste e Enzo, no caso, os personagens
principais na trama, mas acontece que TUDO e eu digo TUDO MESMO tem mais
importância na novela do que esses dois! E eu falo em toda minha seriousness,
que NUNCA EM MINHA VIDA eu vi isso acontecer! Pois não estou falando apenas de
personas apáticas meus caros leitores, não, estou falando de quando um mendigo,
que nem viveu dois capítulos na história, tem mais relevância que você!
Tudo começa quando um pequeno bebezinho é deixado pela mãe.
É aí que Zé, o mendigo da praça, resolve por “adotar” essa criança, a criando.
O tempo passa, e a mesma torna-se um homem, Enzo. Até que um dia, após a morte
do pai, Enzo encontra-se com uma senhora rica que os ajudara há muito tempo
atrás, quando ela o convida para morar com ele!
E você pode estar pensando agora... “Ah, então essa é a mãe
dele!”, mas devo dizer que você está... complemente certo! Quer dizer, isso se
estivéssemos em uma trama que tivesse alguma direção. Mass, neste caso... Não! Ela
é somente uma mulher comum como todas nós que ao ver um jovem desamparado o
abriga em casa! Afinal, quem nunca encontrou um jovem de mais de 20 anos,
completamente estranho, em total exercício de sua capacidade física e não
colocou o pobre dentro de casa, certo?
E como prova cabal de que a mulher não é mãe de Enzo, eles
acabam tendo um romance, sim! Mass, acontece que ela morre logo depois, porém,
não se preocupem, pois ela deixa toda a fortuna para ele. E você deve estar
pensando novamente: “Ah, então é isso! Enzo vai se tornar um milionário e se
vingar de todos os que o julgaram...”, e novamente, certíssimo! Mas também, se
se tratasse de uma web que quisesse chegar a algum lugar, porém neste enredo,
Enzo não tem ninguém pra se vingar, na verdade, ele não tem sequer o que fazer
com esse dinheiro ou mostra algum tipo de felicidade por tê-lo, o que nos leva
a nos perguntar, porque ele o merecia em primeiro lugar! Gente, nem para o
GPACI esse cara doa! Ô mendigo muquirana!
E é claro que torcer para uma persona a qual não conseguimos
nos conectar é impossível, mas não se preocupe, pois, como dito acima, ele some
completamente de cena! Logo, blocos como o romance conturbado de André e Igor e
o de Márcia e Carlos tomam a total primazia, a ponto de ter capítulos inteiros
em que o nome dos mocinhos nem mesmo é lembrado! É como se pegássemos Romeu e
Julieta e, de repente, de anfitriões do baile, os colocassem para servir as
bebidas, sei lá. Ah, mas quem dera as outras subtramas tivessem algum carisma,
não é mesmo? Mas, infelizmente, nenhum deles demonstra traços de personalidade
ou interesse capazes de fazer o leitor se apegar e torcer por eles.
Sofrendo da
mesma apatia mórbida dos primeiros, apenas que, com mais tempo de leitura!
André e Igor por exemplo, poderiam ganhar a torcida do
público facilmente devido ao tema do romance proibido, no entanto, tudo toma um
tom absurdo, pois... Já te falei que esse universo acontece no Brasil de 1941?
Não, não é? Mas deve ser porque nem o autor se lembrou disso, ao criar dois
personagens que, vivendo nessa época e se apaixonando, agem como se estivessem
em pleno 2019! Isso porque em nenhum momento eles se julgam culpados ou
aterrorizados por demonstrarem os sentimentos que tem! Sim, em uma sociedade
livre como a de hoje em dia, isso é mais do que possível, porém, em um cenário,
em que padres ainda eram grandes conselheiros da famílias e a religião bastante
influente na vida de todos, André sair da casa do amante platônico saltitante
esperando viver uma paixão a lá “Com amor, Simom”, não somente é irreal como absurdo!
E isso ocorre quando o autor se esquece de estar narrando
uma história, que acontece em um certo mundo, tem certas regras, personagens, e
estes mesmos, suas intenções próprias e opiniões, e passa a falar, não da
perspectiva desse universo, mas de sua própria. Um grave erro, mostrando a
total imaturidade de escrita. E isso fica mais evidente quando Igor, um homem
que nunca em sua vida pensou em no mesmo sexo de modo romântico, após largar a
esposa, vai viver, sem qualquer conflito interno e preocupação evidente, com o
cara que antes considerava como amigo! Só faltava ele dizer que era “bi”! E
nesta total falta de ambientação temporária, fica impossível se sensibilizar
com a causa destas pessoas, pois, como vou me preocupar com algo que nem sequer
os personagens afetados ligam?
Imaturidade essa que se exacerba na completa infantilidade
tanto na estrutura dos acontecimentos, quanto neles próprios. O protagonista
ganha uma herança que não usa para nada, inclusive sua mãe aparece no final do
capítulo, o porque eu também não sei, porque, claro, isso não tem nenhum
objetivo, e depois se casa com uma garota qualquer ao qual sequer vimos
desenvolver este sentimento. Assim, nenhum personagem se desenvolve, aprende ou
muda durante esta narrativa. Poderíamos excetuar Aurora que tem um certo
arrependimento, no entanto, a personagem é tão mal construída e desinteressante
que isto não surte efeito algum.
E que Shakespeare me perdoe ter comparado seu casal
inesquecível com Enzo e Celeste! Sim, afinal, até Rachel e Joey tinham mais
química! (Irc! Nem me faça lembrar!). Me fale de um couple que não tem uma
conversa que dure mais que 20 segundos durante o enredo todo, nunca demonstra
atração ou qualquer interesse um no outro, que somem do nada, mas que no fim,
se casam jurando amor eterno! E assim, o que temos é um excelente concorrente a
“pior casal do ano!”.
Portanto, se contarmos o puro tédio e o puro
desinteressante, podemos dizer que sim, vivi puras emoções. Está claro a necessidade
de um crescimento em entendimento básico do que seja estrutura de texto.
Todavia, longe de querer desanimar seu escritor, pretendo o instigar a evoluir
cada vez mais. Pude ver seu interesse em trazer o belo e o simples, o que
admiro, mas, para isto, ele deve entender antes, que o belo da arte não está
necessariamente em seu conteúdo, mas sempre em sua forma. Assim, eu não posso
querer retratar uma rosa por exemplo, desenhando um rabisco e clamar para que
vejam a beleza que há nela, somente pelo o que enxergo dentro de mim. Antes, a
arte consiste exatamente na habilidade de trazer esta beleza para fora.
E se a pergunta que soou em sua mente agora foi “COMO?”,
chances é de que você é verdadeiramente um escritor. E chances é de que acaba
de entender meu propósito aqui.
Bom, então é isso pe-pe-ssoal! Ficam com Deus e até a
próxima! Bejoos e bye bye! Ah, sei que eu havia comentado que faria a crítica
de “Anti-herói”, antes mesmo de “O mundinho shopping shopping”, e já estou no
processo de leitura, acontece que se trata de uma web bemm longa, então, para
não deixar a coluna sem nada enquanto isso, eu resolvi apressar algumas tramas,
ok?
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3. Este quadro não tem como intuito rebaixar ou menosprezar qualquer autor ou obra, mas sim, de abrir um diálogo em prol da qualidade literária.
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