Erika G.

Helloo meus weblovers!!! Quem está animado para o dia das bruxas? Já compraram suas fantasias? Eu já! Gente, é a minha primeira festa a fantasia portanto estou muito animada! Irei de Tomb raider! <3 E se você não sabe quem é Lara Croft, saiba que não sou eu quem está ficando velha e sim você que está desinformado viu, haha. E por falar em Halloween, tem uma surpresinha que fiz pra vocês para comemorar essa data! Mass, sem querer estragar o mistério, vamos a crítica de hoje?

A família Velarde está reunida em mais uma viagem, quando de repente, Patricia é assassinada. Porém, infelizmente para Maria, nossa protagonista, ela acaba aparecendo no exato momento do crime, assim, sendo condenada, sem culpa, a pagar a sentença. 20 anos se passam e tudo o que ela quer é reencontrar seu marido e filhos, mas não sem antes, vingar o culpado.
Sim, para os que já sentiram a semelhança, se trata de um remake da famosa novela “A madrasta”. E é no fato mesmo de ser um remake, que está o grande problema dessa web! Não se enganem, não há nada de errado com uma adaptação, no entanto, existe uma regra, inalienável a todas elas, de que, para existirem, elas devem antes responder a pergunta – porque não o original?
Acontece que, sendo por definição, a reprodução de algo que já aconteceu, um remake necessita mostrar mais razões do porque o leitor deve ler aquilo do que uma trama normal deve. É como se eu chegasse e pedisse que comprassem minha interpretação da mona lisa, mas entregasse uma folha sulfite com a foto do quadro impressa! Vocês comprariam?
E aí é que está, esta novela não apresenta nenhum motivo para sua leitura, pelo contrário, sua pressa é tão grande em mostrar todos os acontecimentos, que provavelmente levaram mais de 100 capítulos na obra original e nesta deve ter apenas 20, que tudo acaba soando terrivelmente superficial: não sabemos nada sobre a personalidade destes personagens e as subtramas são jogadas sem qualquer introdução, sem falar de sua quantidade!
E isso termina por deixar o público confuso e desinteressado, fazendo o mistério, grande aposta do enredo, perder totalmente a força. A sensação é que a trama está a todo momento correndo para cumprir sua obrigação de reproduzir o enredo, ao invés de estar contando uma história com começo meio e fim. Ao final, as personas saem sem qualquer carisma e o enredo, pela quantidade de cenas e falta de profundidade, não entrega emoção alguma.
Se o autor então tivesse se concentrado em apenas desenvolver bem os acontecimentos principais, do que em lançar várias subtramas que nada ofereceram, ele teria se saído muito melhor.
A infantilidade da escrita também é uma grande questão aqui. O escritor parece despreparado para descrever um diálogo que condiza com a realidade. Veja esta conversa de Henrique com a empregada por exemplo, quando ele está decidido a sair de casa:

Dulce - Mas Henrique... O seu pai merece refazer a vida . Não saia de casa , vai abandonar seu lar e as pessoas que te amam. ( convencendo Henrique).

Henrique - Se é assim , vou para o quarto pensar. ( mudando de ideia )

Ou esse desenvolvimento de romance, que vai do nada completo, para um “me leva que o futuro nos espera!:
E o que dizer da narração?


Como lidar com o suspense e tensão desta cena, não é mesmo?
As relações entre as personas também saem prejudicadas pela correria, o que faz com que não consigamos engolir nem a pau a inesperada aproximação de Maria com os filhos no capítulo final ou seu romance com Steban. As reações dos personagens não fazem sentido, como a súbita decisão de Monica em abandonar Kevin no altar, homem que até segundos atrás dizia que amava, ou a mudança de caráter do próprio Kevin que sem explicação resolve virar de estuprador a quase um Jesus cristo!
Enfim, sem carisma, personagens vazios e enredo apressado e confuso, este é o resultado de uma trama que não soube usar o bom material que tinha em mãos, erro derivado da evidente imaturidade do autor. Esperemos que ele saiba trabalhar suas falhas e busque a evolução.
Respondendo então a pergunta se o leitor deveria ler esta trama, eu diria que sim! Ao menos pela curiosidade, para saber como a obra original poderia ter sido, se tivesse errado em todos os aspectos!
É isso aí gente, vejo vocês na próxima! Obrigada pelas sugestões e comentários! Beijoo e bye bye!