Escrevi um
artigo nesta semana, sobre a falta de bons conteúdos nas narrativas
ultimamente, tanto nas mídias online quanto nas tradicionais. Refleti sobre as
cenas de adultério, os romances superficiais e os vilões que hoje em dia estão
tirando o espaço dos bons. Pretendo escrever sobre estas três problemáticas. E hoje,
quero refletir especialmente sobre esta última.
Qual seria a
razão do sucesso dos malfeitores? Seria apenas uma moda, ou a amostra de uma
nova filosofia nacional? Lembrei-me então, de um episódio no programa diário
“Encontro com Fátima Bernardes”, onde para meu espanto, e acredito de muitos da
população, os convidados responderam “traficante”, ao serem indagados sobre
quem salvariam em uma situação onde se encontravam o bandido e o policial. E acredito
que isto decorra da “glamorização do vilão”. Um fenômeno visível para qualquer
um nos dias de hoje. Podem observar a evolução da imagem do antagonista desde
os tempos antigos. Veríamos antes, bandidos atrapalhados, tolos e maus por
essência. A única coisa que queriam era matar e dominar o mundo.
Enquanto
isso, como se encontram os mocinhos? Muitas vezes, burros, sem coragem e carisma
para competir com seu rival. O público, então acaba os achando “chatos” e
endeusando o último. Um exemplo seria o Coringa de “Batman: O Cavaleiro das Trevas”,
que roubou todo o amor da platéia, enquanto que o herói, sério e recluso
demais, não conseguiu estabelecer uma conexão satisfatória.
Por que isso acontece? Boa parte, devida as políticas de direitos humanos dominando os espaços intelectuais. Em resumo, o bandido é uma vítima da sociedade e suas ações apenas produtos do meio, opressivo e preconceituoso. Basta apenas ligar a TV para ouvir de um jornalista ou algum filósofo contemporâneo a defesa dessa teoria. Logo, transformando-se em leis concretas que protegem o que comete o dano. Alegando seus “direitos a dignidade”.
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