Boas tardes meus weblovers mais queridos, como está o frio?? Já falei que eu adooro! Simplesmente é a melhor época pra se escrever, principalmente porque dizem que ficamos muito mais reflexivos nesta tempo! Sabe que esse até seria um bom tema pra um artigo? "Os melhores Climas Pra Se Escrever" haha. Mas sem mais divagações... Vamos falar da web de hoje?
Autor(a): Rayane Kethelen Ano: 2016 |
E "inicia-se" talvez seja um pouco precipitado. Isso porque o enredo demora quase que a metade da história pra acontecer! Isso mesmo! Não que as mortes tenham demorado, esta de um jeito até escrachado demais são jogadas logo de cara sem construção alguma de suspense, o que prejudicou muito a suposta tensão que a autora buscava. Mas a pior de todas as falhas, que só intensificou ainda mais esta última foi a construção da protagonista. Samantha não possui atributos visíveis maiores que a beleza, sem atrativos para torná-la carismática ao público. Então chega a ser irritante a enorme adoração que todos tem por ela, sem sequer entendermos os motivos. E a mãe dela não passou açucar não, passou mesmo é o canavial inteiro, para ela ter TODOS (isso mesmo), todos os homens caídos aos pés dela!
Entende-la também mostra-se um grande desafio. Ela simplesmente age de várias maneiras durante a narrativa. E muitas delas inteiramente loucas! Por exemplo: se você acaba de receber uma caixa com o CORAÇÃO de uma garota que foi morta a dias atrás qual seria a sua reação? Bem a sua não sei caro leitor, mas a dela é comer um hambúrguer em uma lanchonete! (Isso é que é levar o slogan "amo muito tudo isso" a sério!). E sem brincadeira, é assim que ela age até quase o final! Como pode ela, sendo a única a conhecer a existência deste psicopata não querer investigar quem ele é? Me parece que ter as pessoas que você ama em perigo não é motivação suficiente :\.
E não é somente ela, mas TODOS os personagens deste livro agem da mesma forma. São tantas as vezes que esses episódios ocorrem que cheguei até a elaborar uma lista mental, que acredito seja o manual deles para tudo o que acontece: recebeu um coração por correio? Vá a uma lanchonete! Seu amigo morreu na sua frente? Vá se divertir na praia com o boy pra esquecer. Um dos amigos ameaçou o outro do nada com uma arma? Que tal uma festa pra aliviar o estresse? Gente, é incrível como em nenhum momento há qualquer indagação, dúvida, ou preocupação sobre as coisas estranhas que tem acontecido! Ao invés disso, os envolvidos apenas engolem as desculpas que a principal dá. Me digam como pode um amigo MORRER e somente Samantha e os pais dele terem conhecimento disso? Que amigos são esses que nem isso ficam sabendo?? E tooodo esse alienamento inevitavelmente destruiu qualquer suspense e terror que a história poderia oferecer. Pois não da pra temer um vilão que nem as próprias vítimas sentem medo.
Sem falar, na bipolaridade total dos gêneros. Enquanto o assassino esta perto fazendo suas ameaças, todo o texto é voltado para o grotesco (que pelo motivo anterior mostrado não causa um efeito sequer), mas quando gira em torno de outros assuntos como o relacionamento amoroso de Samantha por exemplo, tudo muda de foco. Parecendo até uma novela mexicana qualquer. Me parece que a escritora estava a todo instante indecisa do tom da história o que causou a loucura de climas em que leitor não sabia o que sentir. E acabava que nenhum dos deles era efetivo.
E por falar em não saber como se sentir, foi assim que me vi após ler este... Bem, conto de terror que não tem terror mas tem romance, mas que não é romântico... Enfim este amontoado de acontecimentos aleatórios que ao final, apontam o culpado mas nenhuma explicação. Veio sim, o grande discurso do assassino falando sobre os motivos exagerados que o fizeram chegar até ali, mas a impressão que fica é de algo arranjado de qualquer jeito sem planejamento prévio ou uma estrutura definida. Muitos detalhes do enredo parecem ter sido apenas jogados para fins do momento. Ainda não faço ideia do porque revelar que a garota era adotada era relevante? E ao final, o problema principal mesmo era simples como o de muitos outros que já vimos varias vezes: saber quem era o bandido em meio a todos os aparentes amigos de Samantha.
Não quero ser injusta, pelo fato da autora demonstrar boa escrita e interesse em oferecer uma boa trama, no entanto é meu trabalho me ater aos fatos: os personagens não conquistam devido a falta de sentido em suas ações, os acontecimentos não provocam sequer um susto ou suspeita e nenhuma tentativa de entreter da certo. Fazendo com que a única coisa que sobre seja o famoso mistério, mas depois de tantas motivações frustradas garanto, o leitor já nem ficou pra saber.
Por hoje é só gente, espero que tenham gostado! Beijoo e bye bye!
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Eu acho que depois do coração eu nem quero mais comer HAMBURGUER 😱😱
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