Meus queridos weblovers, mais uma terça na minha companhia. Estão felizes? É claro que sim! haha. Pois que outro lugar se encontra as melhores críticas e dicas para os autores e leitores de web novelas?? (Tá, parei). Mas realmente, se alegria fosse o requisito para ganhar tal título não teria pra ninguém, estou animadíssima com os conteúdos trazidos pra vocês e espero mais ainda entreter e ajudar a esses loucos por histórias virtuais. Mas sem mais enrolação vamos ao assunto de hoje!
Gente, vocês já assistiram um filme suuper envolvente? Daqueles que você não via a hora de saber o final e tudo mais, porém quando o mesmo finalmente chegou você simplesmente não conseguia lidar com fato? No meu caso, a solução é assistir umas mil vezes de novo kkk. O que faço com todo o filme que amo! Tenho que certeza que você já passou por isso. Mas já parou pra pensar o porque desta tristeza toda? Tudo bem, a história pode ter sido maravilhosa, de tirar o fôlego, no entanto por definição ela tem um começo, meio e fim e todos concordamos com isso. Queremos ver a resolução dos problemas, a solução dos casos... Sendo assim, quem é responsável por nos deixar com tanta saudade de uma trama? Acertou na mosca! Os personagens!
São eles que nos cativam para acompanhar a história, dão tom ao enredo, cores aos acontecimentos... Já imaginou ver Avengers com personagens chatos e desinteressantes? (Seria como colocar a Liga da Justiça no lugar deles! Brincadeira gente ;) ). Não, né! Só funciona porque temos no time heróis incríveis e super carismáticos. E a pergunta agora é: o que faz com que isso aconteça? O que os torna tão encantadores a ponto de deixar-nos ligados na tela? E a resposta, é claro, nunca é tão fácil assim. Há muitos fatores que poderiam explicar este fenômeno, todavia, como sou enxerida por natureza, meterei meu bedelho ao tentar explicá-los pra vocês, meus caros leitores!
Primeiro de tudo, já reparou em que como eles são diferentes um dos outros? Temos o engraçadinho, o arrogante, o líder, o lutador, o raivoso... Isso porque uma das coisas mais importantes para construir um personagem é defini-lo bem: Quais são as motivações dele? O que ele quer da vida, o que acredita? E por certo, como foi criado, o modo que os pais o trataram vai tomar grande parte nisso. "Ah, Erika eu não sou nenhuma psicóloga", alguns podem clamar, mas sério, não precisa ter todo este conhecimento, embora ele fosse lhe acrescentar muito, pode acreditar. O que é imprescindível mesmo é a sensibilidade do autor em captar o que ele deseja que o sujeito seja e o porque ele tomaria estas atitudes. E então, criar um passado e razões condizentes com isso. Por exemplo: em algum momento da história eu quero que a mariazinha queira se suicidar. Ok, deste modo, eu não posso escrever que ela comeu raspadinha toda feliz no dia anterior, concordam? Ou seja, eu preciso formar toda uma estrutura em que lentamente ela vá formulando os motivos pra fazer tal ato. Poderiam ser maus tratos dos pais, depressão, alguém terminou com ela... E por aí vai...
E o problema que tenho visto nas novelas hoje em dia, é não dar a mínima pra isso! Suas personas possuem traços ínfimos de individualidade. São ao contrário, "tipos" como é dito em literatura. "'Tipos", o que é isso Erika?". TIPO é quando alguém não age de forma natural e sim, como se estivesse em um teatro. Já sentiu isso perto de uma pessoa? Ela parece não ter defeitos ou qualidades como todo mundo e sim, estar representando um papel. Como o cara que esta sempre zangado. Você acha que ele é assim todo dia? (embora, tenha uns que parecem kkk), a santinha, a safada, o engraçadão, todos arquétipos de características humanas, mas que não são reais. Pois não somos uma coisa ou outra, cada um é de um jeito único. Não estou querendo dizer que o TIPO seja errado, porém, quando não é a intenção, torna-se desastroso para a obra. E essa é a grande falha das narrativas atualmente. O leitor não consegue conectar-se com o que acontece como se fosse algo real. Os protagonistas não obtêm razões plausíveis para o que fazem e em cada cena estão de um jeito discordante.
Da pra alguém me dizer como uma mulher pode ser traída e com tanta raiva chegar ao ponto de matar o marido e depois de uns dias ir cumprimentar a amante de boa?? E esse nem é um dos mais ruins que já vi, pode crer! (Esse é mais outros casos você pode conferir no artigo "Preocupada Com a Minha Saúde Mental"). O grande truque da ficção sempre foi fazer o faz de conta tão acreditável que pareça possível na realidade, mas no caso das webs que tenho visto, é fazer até da realidade um faz de conta totalmente bizarro...
Esse texto continua e pra você não perder nada, fique ligadinho na próxima semana ;)
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- Notas
1. Essa coluna está protegida pela lei nº 9.610/1998, Art. 46 III, que protege a utilização de qualquer obra ou trechos dela, em qualquer mídia ou meio de comunicação para fins de crítica, estudo, ou polêmica.
2. Este quadro não tem como intuito rebaixar ou menosprezar qualquer autor ou obra, mas sim, de abrir um diálogo em prol da qualidade literária.
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