Oláá meus weblovers maravilhosos, e as preparações para o final de ano? Ah, nem me falem de término de ano quando parece que é o ano que está acabando comigo! - “Mas Érika, foi você que mencionou...” – 2019 se iniciou com tantas promessas e ainda assim, se cumpri uma delas foi muito! Mas porque será que todo ano é assim, hein? Começamos com tantos objetivos, mas os anos passam e os planos continuam os mesmos! Acredito que a sociologia deveria até fazer um estudo sobre esse fenômeno! Agora, se tem algo que definitivamente deveria ser estudada, é
a web que vamos falar hoje!
Porque? Simples: porque talvez assim alguém possa finalmente me dizer O QUÊ RAIOS ACONTECE NESTA HISTÓRIA!!! Sério, quinze capítulos se passaram e eu ainda não faço ideia do que ela veio contar! Começamos com Adriana, uma típica adolescente que se vê apaixonada pelo colega de colégio, Pedro. No entanto, os pais dela não gostam nada nada desse relacionamento. Aí você pode estar pensando... “Ah, ta aí, eles vão fazer oposição ao namoro e o casal vai viver um romeu e julieta moderno”... Mas deixa eu acabar com sua expectativa caro leitor!
Acontece que os pais dela nunca ficam realmente contra o namoro, mas sim, alertam para a possibilidade de uma gravidez indesejada..., mas adivinha o que ocorre? Isso mesmo! É claro que isso gera uma briga e ela sai de casa... Porém quando pensamos que a novela apostará no conflito do perdão entre pais e filha, estamos redondamente enganados; Adriana do nada decide voltar pra casa e eles a aceitam sem pestanejo! O casal termina feliz, não que já não estivesse antes, pois sequer chegam a brigar uma vez, ou ter alguma química, diga-se de passagem, e todos vivem contentes pra sempre!
Legal, não é? Simm, muito legal! O autor só se esqueceu de uma coisa:... do porque tudo isso importaria para sua audiência! Deixa eu fazer uma pergunta caro leitor: você assistiria uma competição em que houvesse apenas um competidor participando? Não, não é mesmo? Pois qual seria a graça em ver alguém vencendo sem qualquer obstáculo? Isso mostra que, mesmo a vitória sendo algo bom, ela não é digna de qualquer valor quando conquistada sem esforço algum.
E este é o grande problema desta narrativa: porque raios eu irei querer acompanhar uma trama em que todos os personagens vencem sem qualquer obstáculo no caminho? Como irei me importar com eles, torcer, simpatizar?
E se já não bastasse isso para reduzir essas personas à falta de carisma, o autor ainda adiciona a total falta de qualquer informação sobre estes indivíduos: não sabemos quem são, seus sonhos, até mesmo os seus problemas parecem superficiais. Roberto diz se drogar por uma série de questões familiares, mas que nós só ficamos sabendo no fim da novela! E isso fez com que todos se apagassem totalmente em desinteresse e tédio. Nenhum deles consegue chamar a atenção ou fazer com que nos importemos.
E eu tenho que falar da protagonista, porque, gente, GENTEIN!... Eu juro que eu nunca odiei tanto alguém que na teoria eu deveria gostar! (A não ser pela Helena de “viver a vida”... Aquela vaca!). Adriana é feita para ser aquela grávida injustiçada pelos pais; você deveria sentir pena dela, certo? Mas devo dizer, isso está bemm longe do sentimento que temos com essa garota! A todo momento ela reclama dos pais, e quando digo a todo momento é a TODO MOMENTO! Não há UM diálogo dessa menina em que ela não esteja reclamando do quanto os pais não a ouvem, não compreendem, a tem como irresponsável...
Mas o que ela faz a primeira vez que tem a oportunidade? Transa sem camisinha! Ou seja, o ato mais irresponsável que se pode pensar! E ela aprende? Nem pensar! Ela culpa os pais e a todos pelos seus erros e se vitimiza o resto da novela inteira! Ô garota intragável!
Apesar disso, creio que o escritor tinha até uma boa intenção. É visível ver na ideia central o desejo de criar uma trama sobre jovens enfrentando problemas, no entanto, a enorme infantilidade e falta de conhecimento em escrita é que o atrapalharam completamente!
Começando pelos diálogos; essas pessoas mais pareciam robôs falando, o tom era explicativo e nem um pouco natural. Este é só um dos exemplos, quando Pedro está no seu primeiro dia de trabalho:
Pedro estava em seu primeiro dia de trabalho:
Pedro – hoje é meu primeiro dia de trabalho aqui.
Júlio – Sim, e você irá começar trabalhando como mensageiro, para ir crescendo aos poucos.
Pedro – é meu primeiro emprego, e fico feliz de ser aqui.
Júlio – esse vai ser o começo da sua vida profissional, você vai ter muito aprendizado.
Nossa, mais espontâneo impossível!
Isso é o que se esperaria se a tostadeira tivesse uma diálogo com a máquina de lavar!
Para se ter uma ideia, EMOJIS são usados no lugar das expressões de emoção que deveriam ser descritas no texto!
E este é outro grande problema nos diálogos dessa obra, quando o autor explica para a audiência o que ela deve entender das falas:
Roberto - Oi.
Paloma - Roberto, preciso falar com você.
Roberto - sobre o que? ( querendo saber ).
Paloma - é que eu não estou feliz com o nosso namoro. Estamos juntos há quase 6 meses, e quase não nos falamos. ( terminando o namoro ).
Roberto - eu gosto de você, mas tem uma coisa que não posso contar. ( escondendo segredo ).
Paloma - o que?
Roberto - eu não posso falar. ( se afastando ).
Só sabemos que Paloma quer terminar o namoro porque está escrito, mas de nenhuma forma pensaríamos isso somente pelas falas. E isso quebra completamente a imersão dentro da trama. É como se no meio do cinema, durante uma das cenas do filme, o diretor entrasse e se colasse em frente a tela:
“Gente, então, nesta cena, vocês têm que entender que..."
Nada a ver, né!
Ao final, depois dos diálogos terríveis, falta de estrutura e carisma, saio com o forte sentimento de que isso tudo foi apenas um esboço. Durante toda a leitura, eu sentia a enorme vontade do autor de contar uma história, mas também a mínima ideia de como fazer isso. Ele tentou de tudo, até emojis usou. Assim, me recuso a dar uma nota hoje, até porque a história não me apresentou um enredo para que a considere como tal. Vou ao invés, dar um voto de confiança. De que ele leia este artigo, avalie seus erros e os corrija no futuro. Quem sabe na próxima, ele não ganhe até uma nota.
É um conto de adolescentes no final, e adolescentes não passam de esboços cheios de potencial. O que determina o que serão de fato, quando deixarão de serem rascunhos para serem livros, é a decisão de cada um. 😉
Então é isso meus weblovers! Espero que tenham gostado da crítica de hoje. Continuem sugerindo webs. Até a próxima. Beijoo e bye bye!
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