Webloveeeeers!!! Como vocês estão? Sentiram saudade? Eu sim, MUITAS! Sabe, apesar de ter amado ter um tempinho só pra descansar, confesso que senti muita falta de tudo isso, afinal, eu amo esse espacinho aqui, gente! Mas não foi só a saudade que me trouxe aqui, não, mas um chamado, quase que divino, para voltar a agitar esse mundo weblistico, que convenhamos, está muito paradinho! Então, sem mais delongas... Prepare-se mundo virtual; autores, voltem a se esconder, pois vamo bota pra fudê, que hoje é dia de ADOROWEB bebê!
E a nossa primeira crítica do ano não poderia ser menos que a grande vencedora do troféu internet 2018! Escolha majoritária do voto popular, essa web mostrou-se um grande destaque em sua plataforma. Seu autor, semelhantemente, é dito ser um dos grandes nomes da dramaturgia virtual, tendo criado diversas outras obras de sucesso e ganhado troféus em várias premiações. Não é com pouca expectativa então que inicio essa história!
Ela narra a saga de transformação de Lívia, ex-prostituta que, após a trágica morte de Tarcisio, homem com quem teve um curto romance, se descobre uma das herdeiras de sua grande fortuna. Ela enfrentará muitos desafios e oposições, mas ao lado dela estarão seus amigos e um precioso talismã que a protege. A sinopse é realmente atrativa. O leitor prepara-se então para viver uma incrível aventura com uma forte protagonista.
E é aí que o desastre se inicia!
Sim, acontece que, não é apenas Livia quem está nesta história, óbvio, uma narrativa se constitui de muito mais personagens, porém, neste caso, são tantos, mas TANTOS, que sequer é possível lembrar-se da metade! Não brinco quando digo que nunca me vi diante de tantas personas em minha vida! Nem sequer o histórico de namoro da Taylor Swifit, possui tantos nomes!
Mas pior que a quantidade absurda de subtramas bombardeadas contra a audiência, deixando o texto terrivelmente longo, é o fato incrível de serem completa e totalmente INÚTEIS! A começar porque nada nestes personagens consegue chamar a atenção, sequer uma introdução é dada a quem eles são, seus sonhos, desejos, os tornando seres apáticos, sem qualquer expressão ou profundidade, programados para viver os mesmos conflitos aos quais eles giram em torno sempre e sempre.
Mayra, por exemplo, o que sabemos sobre ela além de sua eterna obsessão por Fabricio? E o mesmo? Que conhecimento temos dele, fora que é médico e é perseguido pela moça? E de Vitória, sua namorada, que apenas morre de ciúmes a novela inteira? E este é o caso, infelizmente, de TODAS as tramas nesta história que, somente rodam e rodam em círculos sem chegar a nenhum lugar ou desenvolver algum personagem! Lívia, a protagonista e única com algum passado conhecido pelo público, consegue uma pequena dose de simpatia, mas é apática, não tendo a força necessária para mover o enredo.
Os sentimentos dos personagens são extremamente confusos e volúveis: a cada momento dizem se apaixonar por alguém diferente. Lívia mesmo, se apaixona por Jonas, mas logo, se encanta por Tarcísio; Volta de novo para Jonas, mas, acaba amando Rafael e ao final, volta novamente para Jonas jurando amor eterno! ( Vixi, o chifre desse tá tão grande que pega até o sinal da oi!). E assim, fica impossível engolir qualquer romance nesse texto!
Neste momento, o leitor já se encontra cansado e em extremo tédio. Mas eis que a grande reviravolta na vida de Lívia acontece! No entanto, como a chegada do chapolim colorado saltando a janela e se esborrachando no chão, da mesma forma acontece aqui! A mudança nada afeta na história, que continua girando em torno de pequenos conflitos de ciúmes intermináveis e desinteressantes e planos de vilões que demoram anos pra se concretizar!
A impressão que se tem é de uma novela que buscou ser grande; o autor realmente demonstra talento em entrelaçar diversos personagens e dramas muito bem, porém, falhou miseravelmente em fazê-los serem importante para sua audiência. Se ele optasse por investir em poucos personagens, mas dando a eles personalidade e carisma, ao invés de apenas encher páginas e páginas com personas rasas que nada acrescentaram ao todo e matar seu leitor de cansaço, tenho certeza que ele teria tido sucesso.
Ao final, essa obra é como o talismã de Lívia, que brilhava, mas nada fazia. Essa trama, todavia, nem o brilho possui, é mero acessório.
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Autor(a): Edy Dutra Ano: 2018 |

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- Notas
1. Essa coluna está protegida pela lei nº 9.610/1998, Art. 46 III, que protege a utilização de qualquer obra ou trechos dela, em qualquer mídia ou meio de comunicação para fins de crítica, estudo, ou polêmica.
2. Este quadro não tem como intuito rebaixar ou menosprezar qualquer autor ou obra, mas sim, de abrir um diálogo em prol da qualidade literária.
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