4. Protagonistas anônimos!

 E por falar em descartável, eis aqui a invenção mais idiota das fanfics, o “Eu na história”. Pra quê embarcar na jornada de outra pessoa mais interessante que você, se você mesmo, com sua vida chata e entediante pode ser o mocinho desta trama? Garanta que ninguém irá roubar seu oppa e tenha você mesma um relacionamento com ele!

Preciso falar mais?

Além de molhar a calcinha da leitora, pra que serve uma narrativa dessa? Mas, talvez estejamos sendo muito duros, com certeza irá ajudar no problema da gravidez na adolescência, garantindo que essas garotas tenham relacionamentos com a própria mão e um pôster por um bom tempo!

5. A nova escola literária: lacracionismo

 Na vida há sempre mais de um lado para cada argumento, há sempre uma sim e um não, uma tese e um antí-tese, uma esquerda e uma direita. Mas, além desses opostos existe algo que pode habitar em todos eles, o fanatismo. Independente do que acreditamos, é importante mantermos o limite entre quem somos e nossa crenças, pois, ás vezes, acabamos confundindo-as com nossa própria personalidade, fazendo com que nossa vida gire em torno dessa ideias e tudo o que produzimos também. E isso se reflete na arte.

 Muitos histórias hoje em dia tem se tornado verdadeitos folhetos políticos nos quais tudo tem apenas um objetivo: defender uma tese. Tudo bem, defender sua visão, mas isso é para um artigo de jornal, ou TCC, mas quando falamos de história, o foco principal tem que estar em contar a narrativa, entreter o leitor, emocionar, etc. No entanto, os personagens são os mais rasos possíveis, não possuem personalidade, apenas causas, o roteiro, inexistente, é movido por pautas e o final é apenas a conclusão do próprio autor sobre o que ele acredita.

 Precisamos parar de confundir a arte com um espaço para convencer pessoas, a arte não convence, ela faz refletir, e o jeito que ela faz isso não é por pressão, mas pela beleza, pela emoção, acima de tudo, pelo respeito. Assim, novamente, cabe ao escritor avaliar se seu lugar é na escrita ou em um comício: se sua trama te levasse a escrever algo que não condiz com sua visão, você ainda o faria? Você sacrificaria um argumento por um final emocionante?

E para completar esse Top maravilhoso, aqui vai um pouco das maiores bizarrices das histórias virtuais!

 E foi assim que a pandemia começou.

 Mais uma parceria “One direction” e rede Globo!

Essa podia ser comercial fácil, imagina se ela tivesse mais uma calcinha Riachuelo por baixo?

O cabo que não ganhou a eleição, mas o nosso coração

Ai, o primeiro encontro a gente nunca esquece, dá até pra fazer B.O pra guardar este momento.

Se a Suzane Richtoffen fosse k-popper!

E este foi o nosso top maiores bizarrices das histórias virtuais; e a conclusão a que chegamos é esta: em terra de fanfics quem tem diazepan é rei! Mas se o seu propósito é rir, elas estão mais que recomendadas! Espero ansiosa pelas adaptações cinematográficas, quem sabe um crossover do “Jin Geladeira” com “Jimin, a panela?”.

 E aí, o que acharam da nosso top? Se quiserem sugerir um tema para mais um artigo é só comentar, quem sabe uma parte 2? Até a próxima, beijoo e bye bye!

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Notas 

1. Essa coluna está protegida pela lei nº 9.610/1998, Art. 46 III, que protege a utilização de qualquer obra ou trechos dela, em qualquer mídia ou meio de comunicação para fins de crítica, estudo, ou polêmica.
2. Este quadro não tem como intuito rebaixar ou menosprezar qualquer autor ou obra, mas sim, de abrir um diálogo em prol da qualidade literária.

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