O primeiro barraco:
Em 10 de abril de 2018, lancei a crítica de "Mil e uma luas", do "Web novelas channel". E qual não foi minha felicidade ao ver que tinha recebido meu primeiro comentário. Somente que ele não foi como eu havia imaginado.
Não vou dizer que entrei nesta completamente ingênua, sempre fui uma fervorosa defensora das minha ideias, portanto, sabia das consequências de expôr minha opinião, assim, rebati firmemente.
Ah, inclusive, este foi o meu primeiro xingamento:
Logo, mais coments se acumularam, todos atacando o blog ou a mim, mas no fim, pensei: bom, a primeira reação não foi boa, mas o que importa é que eu consegui atingir algum público. Logo virão as pessoas que vão ler e gostar do meu trabalho...
Mas eu não poderia estar mais enganada!
O grande hiato:
Um ano inteiro se passou sem que eu recebesse quaisquer vizualizações ou comentários. Trabalhava e a rotina agitada era sempre um empecilho para ler os textos que ás vezes ultrapassavam 100 cápitulos e postar uma critica toda a semana, tudo isso para sentir que estava falando sozinha; não nego, o desânimo veio, mas eu nunca desisti, sabia do meu propósito e, mesmo que ninguém lesse, o que importava era que eu estava fazendo algo que eu amava.
Herói Nacional:
Mas quando pensei que seria para sempre uma voz solitária, recebi um comentário, pedindo que eu lesse uma história. Eu o fiz, prontamente. E a análise de "Herói nacional" foi postada no fim daquele ano. E foi quando percebi que ela mudaria para sempre os rumos daquela coluna.
De repente, surgiram diversos comentários, muitos raivosos sim:
Mas também vários outros que me pediam para criticar outras histórias. Fiquei muito animada e tive que colocar todos em uma lista para não me perder kkkk
A partir daí então, passei a receber sugestões em todas as minhas reviews, acumulando diversos título à lista. Pessoas comentavam, não somente em tom raivoso, mas alguns elogiavam o que eu fazia. Percebi aí que eu havia conseguido meus primeiros leitores, meus queridos weblovers.
A criação do prêmio tomate:
Eu notei que existiam vários prêmios para as melhores histórias, melhor autor, etc. Mas minha experiência com o MV tinha sido bem menos promissora, fazendo com o que eu tivesse mais obras ruins resenhadas do que boas, assim, decidi criar meu próprio prêmio, me aproveitando também de não ter visto nada igual sendo feito, e juntei ao ADOROWEB AWARDS, a premiação TOMATE AWARDS, com os troféus "melhor casal miojo" e "obra da lixeratura". E nem preciso dizer que foi um grande sucesso. O que me deixa muito feliz, pois amei realizá-lo.
A era de ouro:
Após isso, acredito que o ADOROWEB passou por uma verdadeira ERA DE OURO. As análises estavam recebendo muitas vizualizações; assim que eu postava, já existiam comentários. O auge, foi atingir mais de 70 em só uma publicação. As pessoas falavam, discutiam, aprendiam com as postagens, e o ADOROWEB passara de uma coluna obscura em um site desconhecido para um grande ponto de encontro virtual, em grande destaque e evidência, ganhando até mesmo uma cobertura inteira no Blog da Zih.
E para mim, este foi um momento mais que importante. Como disse, eu recebia comentários de autores dizendo que estavam aprendendo comigo e isso, mais do que me fez feliz, me trouxe para a enorme responsabilidade e relevância do que estava fazendo. Pela primeira vez, eu não fazia algo para o meu ego ou ganhos próprios. Eu estava entregando algo para as pessoas, sem me importar com elogios, mas apenas com que eu estivesse servindo à elas, seja em entretenimento ou aprendizado.
Passei a refletir também sobre o quanto eu estava amando escrever. Eu podia passar horas a escrever um texto e não me importava, somente queria que saísse perfeito; havia retornado a escrever uma história engavetada e me via animada de novo em ter uma trama publicada; comecei a estudar literatura e me vi encantada com tudo o que dizia respeito a escrita. Foi aí então que percebi que tinha encontrado minha vocação, o que nascera para me tornar. No fim, acho que sempre fui escritora, eu só me perdi um pouco no caminho.
Os barracos:
Os números só aumentavam, junto à lista de histórias, o que me deixava feliz, mas confesso que também me sentia um pouco pressionada. Antes, eu somente pesquisava uma trama que me fosse interessante, agora, no entanto, eu possuia uma fila com mais de 30 histórias, todas de autores ansiosos para que eu desse uma olhada. Queria entregar as análises o mais rápido possível, mas minha rotinha não permitia tal coisa.
Foi quando um autor em específico pediu para que eu resenhasse sua obra, assim que acabasse. Ele sempre comentava e era ativo no blog, o que eu valorizava, mas seus comentários sempre carregavam uma certa arrogância que me incomodava. Ele discordava das minhas avaliações, e até aí tudo bem, porém de uma maneira como se ele estivesse me avaliando. Mas não disse nada, afinal, não queria criar problemas mínimos, até que chegou a gota dágua.

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2. Este quadro não tem como intuito rebaixar ou menosprezar qualquer autor ou obra, mas sim, de abrir um diálogo em prol da qualidade literária.
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