Rebeca
ainda apertava fortemente a maçaneta do quarto de David. Respirou fundo. Ao
entrar, estremeceu ao vê-lo. Estava como dormindo um sono profundo. O rosto
machucado. Levou as mãos a boca desmanchando-se em lágrimas. Não suportava
vê-lo daquele jeito.
Após
alguns segundos, aproximou-se da cama. Olhou-o por algum tempo. Várias coisas
lhe passavam pela cabeça naquele momento, mas apenas uma era concreta em sua
mente: o amava.
Pegou a
mão dele que estava repousada sobre a cama. Apertou-a contra a face sentindo o
cheiro. De repente mais lágrimas rolaram sobre seu rosto. Reclinou-se sobre
ele. Tocando-lhe a face que nada respondia.
- Por
favor... – Ela suplicava em meio ao pranto. Acariciava-o em tom de desespero –
Não me deixa... Não me deixa... – Repousou sua face sobre o peito dele – Eu te
amo!... – Sua voz saia como um sussurro – Eu te amo, eu te amo, eu te amo...
Enquanto
isso, o pai de David, Sérgio Martins, chegou ao hospital. Tinha vindo
o mais rápido possível desde que o avisaram na viagem ao Rio de Janeiro.
Seus passos se tornavam rápidos a cada minuto. Seu rosto sério escondia sua
aflição. A enfermeira informou o número do quarto, mas quando ia dizer que já
havia alguém lá, ele tinha se retirado.
Abriu a
porta bruscamente. Ficou estático com aquela cena. Não percebendo, porém, a
presença de Rebeca ali abraçada a David.
- Meu
filho – Sua voz ecoou como um sopro.
Rebeca se
assustou ao perceber sua presença. Logo ele, que era o culpado de tudo. Pois
David nunca fugiria se ele não o obrigasse a isso. Como tinha coragem de
aparecer ali?
- O que
está fazendo aqui? – Ela vociferou se aproximando dele.
- E quem
é você? – Sérgio a encarou. Assustou-se com seu tom de voz – Eu sou o
pai de David Martins! - Afirmou prepotente.
- Pai? – Debateu
com raiva – Que tipo de pai é o senhor? Abandonou seu filho quando ele mais
precisava de você... E depois o obrigou a fugir da Espanha por causa do seu
crime!
- Olhe
aqui... – Ele disse sério, tentando acalmar-se – Você não sabe o que está
dizendo!
- Não
importa!... – Ela respondeu ríspida. Havia uma grande fúria em seus olhos - Eu
não sei como teve coragem de aparecer aqui, David nunca teria sofrido esse acidente
se não o brigasse a sair do país!
- Não tem
o direito de estar aqui! Vou chamar os seguranças para retirá-la imediatamente!
- Pode
chamar! – Rebeca o encarou firmemente – Mas eu não vou sair daqui!... – Ela se
aproximou lentamente – Se amasse mesmo o seu filho... O deixaria fazer a coisa
certa!
Olhou-o
friamente nos olhos. Para ela não importava o que acontecesse, não ia deixar
David.
Sérgio
então, se retirou sério. Sentia-se culpado pelas palavras de Rebeca, o fez ver
o quanto tinha feito mal a seu filho. E agora que ele estava entre a vida e a
morte, sabia que era por sua causa.
Na
escola, Raquel foi até Pedro na saída. Estava disposta a aceitar o trato.
-
Pedro... – Ela chamou vendo-o virar-se – Eu... Aceito ir para o jantar dos seus
pais!
-
Obrigada Raquel! – Ele sorriu surpreso – Não sabe o quanto eu agradeço.
De
repente, a mãe de Pedro apareceu. Saindo do carro veio na direção deles.
- Olá
filho! - Sorriu simpática.
- Mãe?
O que está fazendo aqui? – Ele falou sem entender.
- Bem, eu
pensei em convidar sua namorada pra sairmos juntas para comprar, assim podemos
nos conhecer melhor!
Raquel sorriu tímida. Não sabia o que dizer. Pedro olhou para ela suplicante.
Raquel sorriu tímida. Não sabia o que dizer. Pedro olhou para ela suplicante.
- Claro!
– Ela respondeu de súbito.
Viviane
aproximou-se de Raquel apressada.
- Raquel
preciso falar com você!
- Agora
eu não posso Vivi! – Raquel disse disfarçando diante dos olhares e sorrisos da
mãe de Pedro.
Viviane
estranhou ver a mãe de Pedro ali.
- É
verdade que vocês estão namorando? – Viviane perguntou confusa.
- Aonde
você ouviu isso? – Raquel a indagou surpresa. Olhou de repente para a mãe de
Pedro que tinha ouvido a pergunta - ... Sim!... Estamos namorando!
- O quê?
– Viviane estava sem palavras – Por que não me disse nada?
- ... Eu
tenho que ir agora tá? – Raquel disse se retirando.
Viviane
não conseguia acreditar que o que Júlia tinha dito era verdade. Mas
por que Raquel teria escondido?
No
hospital, Sérgio continuava sentado na sala de espera quando avistou
o delegado.
- Senhor
delegado? – Ele levantou-se confuso.
- Eu vim
visitar meu amigo, Sr. Paulo! – Ele explicou sério – Aliás... Já soube do seu
filho! – Viu o rosto de Sérgio abaixar a expressão – Não demorará em
lotar esse hospital de jornalistas!... Não me surpreenderia se dissessem
que vai ficar feliz com a imagem que esse acidente vai dar!
- O que
está querendo dizer? – Sérgio o encarou com ar ingênuo.
- Bem,
com as pessoas sendo tocadas pelo o que aconteceu a David, poderão aumentar
suas chances perante o júri, não é mesmo?
- Olha
aqui! Eu nunca ficaria feliz com qualquer coisa ruim que ocorresse ao meu
filho! – Vociferou furioso.
- Não
diria o mesmo de seu sócio!
- Como?
-
Estávamos investigando a cena do ocorrido... E descobrimos que não foi um
“acidente”.

Tomara que o David se recupere logo!
ReplyDeleteto amando a historia continua postando...
bjs
Oiee floor
ReplyDeleteTe indiquei pra uma tag lá no blog , dá uma olhadinha?
http://roohuniverse.blogspot.com.br/2014/01/tag-conhecendo-blogueira.html
Beijinhus.... e a história ta muito emocionante
a cada capitulo fica melhor essa historia!!!
ReplyDeletebjs
Estou adorando acompanhar a web, bem que vc poderia postar tbm aos domingos neh kkkkkkkkk
ReplyDeletecontinua...
bjs
Parabens pela web flor!!!
ReplyDeleteVc escreve muito bem hein, e a historia ta muito emocionante!
continua postando...
bjs
ta muito bom o enredo da noyela cheio de novidades drama suspence gostei
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