Todos
continuavam aflitos. Gisele chegou a pedir com um gesto sútil, que a empregada
voltasse a olhar para ver o que acontecia lá fora, porém, seu movimento foi
detido por Pedro que atravessou a sala de jantar rapidamente. Com uma força
brusca, subiu as escadas para seu quarto.
Os
olhares se cruzaram entre os que permaneciam a mesa.
- Eu vou
falar com a Raquel, com licença! - Viviane se desculpou indo em direção a
saída.
- Ótimo
jantar! - Nicole sorriu indo atrás de Viviane - Convidem mais vezes...
Raquel
ainda continuava lá fora, estava sem chão. Não acreditava no que acabara de
fazer. Mas com certeza tinha sido melhor assim, pois sentiu que por um triz,
tinha confessado o que sentia por ele.
- Raquel
o que foi? - Viviane chegou esbaforida.
- Vocês
terminaram? - Nicole se aproximou a encarando.
Raquel de
repente sentiu um excesso de raiva ao ouvir aquelas palavras.
- Não,
não terminamos... Por que nunca ouve nada entre a gente! - Vociferou furiosa -
Entenderam? - Saiu rapidamente em passos largos.
No dia
seguinte, no hospital, Sheyla entrou no quarto de David. Ele reparou que ela
estava pálida. Trazia um jornal em sua mão.
- David,
você tem que ver isso! - Exclamou séria.
Ao olhar
o jornal, leu espantado a manchete que dizia que seu pai tinha acusado Bruno.
- Aposto
que ele fez isso quando soube que ele tinha causado seu acidente! - Ela
exclamou, porém, David permanecia calado. Sentou-se ao seu lado - Eu não te
disse isso antes, mas... Seu pai veio te ver no hospital, foi ele quem pagou a
cirurgia... Parecia desesperado!
- Só deve
estar querendo ficar bem perante o tribunal! - Afirmou firmemente - Tudo que
ele faz tem uma razão!
- Não sei
não mano, ele parecia realmente aflito!
- Não
importa! - Ele se levantou como um salto - ... Não quero falar mais nisso!
Rebeca
estava em seu quarto. Pensava em tudo que tinha acontecido nos últimos dias,
seus pensamentos revolviam-se dentro de si. O jeito como ficou ao ver David no
hospital, sentiu o sangue ferver, uma pontada em seu coração, como se, se ele
morresse morreria uma parte dela. Mas as palavras dele continuavam a martelar
em sua mente. "Eu não sinto nada por você". O que Pâmela havia dito
tinha feito ela se sentir pior. "O David não te ama. E sabe que quando ele
acordar, não é a você que vai chamar e sim a mim!".
Não
queria aceitar, mas ele não sentia nada por ela, tinha que esquecê-lo de uma
vez por todas. Raquel entrou interrompendo seus pensamentos.
- Oi
Rebeca! - Ela se aproximou sentando-se na cama - Eu vim porque não deu pra
gente conversar muito quando te visitei no hospital, seu pai está melhor?
- Está,
graças a Deus! - Rebeca exibiu um sorriso sem alegria - Mas não foi o que pior
aconteceu... O David sofreu um acidente!
- O quê?
- Raquel elevou as mãos a boca assustada.
- Por
sorte deu tudo certo... Mas... - Ela abaixou a face - Quando eu o vi todo
machucado, parecia que iria morrer naquele momento, eu fiquei desesperada... - Uma
lágrima caiu sobre a cama.
- Você o
ama mesmo, não é? - Sua amiga falou em tom de surpresa e pena.
Raquel
decidiu então, que não falaria sobre o que tinha acontecido, não queria
aumentar a dor de sua amiga. Sentiu que apesar de tudo, se Pedro gostava de
Rebeca, ele poderia ser a chance dela esquecer David e ser feliz.
- Mas...
- Rebeca continuou - Eu queria falar sobre o beijo com o Pedro naquela festa...
- Explicou-se tímida - Aquilo não significou nada, eu juro!
- Não
precisa se preocupar - Sorriu forçadamente - Eu não sinto nada pelo Pedro!...
Por que não dá uma chance a ele?
- Não...
Eu não posso Raquel... - Ela baixou os olhos - Você sabe que eu amo o David!
- Mas
Rebeca você tem que pensar! Depois que ele se recuperar vai ir embora outra vez
e te deixar pra sempre!...
Rebeca
desviou o olhar, como uma forma de fugir daquele assunto. Não aguentava mais
pensar sobre isso.
David foi
liberado do hospital. Chegou em sua casa, com a ajuda de Sheyla. Ainda tinha
muitas dores no corpo pelas contusões. Wine o abraçou ao vê-lo voltar.
- David
eu vou comprar alguma coisa pra gente comer! - Ela avisou ao ver que não
continha nada na geladeira. Wine a acompanhou.
Após
alguns minutos, a porta abriu revelando a face de Pâmela.
- Fico
feliz que já esteja bem! - Falou sorrindo - Já soube que seu pai denunciou o
Bruno?
- Sim...
- Respondeu sério. Olhava um ponto em especifico fixamente.
- Agora
que sofreu o acidente, o que vai fazer? - Ela o indagou intrigada.
- Decidi
que não vou mais fugir!
David
optou por não contar a ela que estava disposto a testemunhar contra seu pai.
Não confiava o bastante nela.
Pâmela
manteve-se fria diante da notícia, já havia imaginado por conhecer David que o
acidente provocaria essa decisão. Avivou o olhar até ele.
- Você já pensou... Em aceitar o acordo do seu
pai? - Ela disse diretamente.
Essa Pâmela não tem jeito!
ReplyDeleteLouca pelo próximo, posta logo!
xoxo
Eu to amando a web!!!
ReplyDeleteAvisa sempre que tive postado que eu vou vir correndo ler!!!
beijos
To amando a web ja favoritei aqui pra poder acompanhar!!!
ReplyDeleteAnsiosa pelo proximo...
a historia ta muito boa, to impressionada com a sua criatividade flor
ReplyDeletebjs
Nossa eu deixei de acompanhar pq tava sem tempo, mas a historia ta otima!
ReplyDeleteVou correndo ler os outros...
beijos