“David
você ficou maluco?”. A face espantada de Sheyla o encarava naquele momento. Ela
estava no apartamento quando ele havia batido transtornado. Contou tudo que
tinha acontecido entre ele e Rebeca, e a verdade que tinha descoberto.
- Não...
– Sheyla cerrou os olhos em confusão – Eu não posso acreditar que a Rebeca
tenha feito algo assim! Ela nunca te trairia!
- Mas é a
verdade! – Ele andava inquietante pelo apartamento.
- Isso só
pode ser um engano David! Ela te ama! Eu sei disso! – Ela afirmou veemente,
incrédula pelos pensamentos dele.
- A mãe do
Pedro foi quem disse que eles estavam juntos há muito tempo! Acha que ela pode
ter se enganado? – Enfatizou ele com dureza.
Realmente,
pensou Sheyla, as provas de David pareciam ser incontestáveis. Mas não podia
acreditar. David não havia visto o que ela viu. Rebeca desesperada. Abraçada as
mãos dele no hospital, sem sequer sair por um segundo de seu lado.
No
entanto, não podia contar a ele isso, pois sabia que Pâmela ainda o procurava e
se acaso ela soubesse, poderia revelar o segredo que Sheyla mantinha.
David,
então, pegando a jaqueta que estava sobre a poltrona, saiu rapidamente sem
dizer pra onde ia.
Em sua
moto, já na estrada, chegou à velha montanha. Aonde sempre ia quando queria se
isolar do mundo. A chuva já havia parado há algum tempo. Como as estrelas
pareciam maiores ali de cima. Lembrou-se então, do dia que Rebeca estivera ali.
Depois que ela o aceitara. O que sentiam parecia durar pra sempre. Como era
difícil pensar que tudo era uma mentira. Que quando estava com ele, na verdade
estava pensando em Pedro.
Cerrou os
pulsos fortemente. Que fosse assim. Era melhor. Pois sabendo que Rebeca nunca o
havia amado, seria mais fácil para ficar distante dela.
No dia
seguinte, Rebeca chegava ao colégio, quando Pedro a alcançou.
- Rebeca
eu te liguei ontem, mas você não me retornou... – Aproximou esbaforido. Estava
preocupado.
- Está
tudo bem, não aconteceu nada! – Ela sorriu, brincando com a preocupação dele.
- O que
aquele idiota fez pra você? – Franziu o cenho visivelmente irritado.
Rebeca
desviou o olhar incomodada.
- Podemos
não falar nele? – Pediu em um tom sério.
Enquanto
isso, Nicole veio até Tomás no refeitório.
- Eu vi o
seu truque ontem... – Ela insinuou maliciosa – Parabéns! Dá pra ver que tem
mais que vento nessa sua cabeça!
- Fala
baixo Nicole! – Pegou-a pelo braço e calmamente levou-a pra um lugar mais longe
– Se a Raquel fica sabendo ela me mata! - Exibiu o rosto convencido – Eu tive
que bancar o preocupado com ela, e manter a distância pra ela pensar que eu sou
educado!
- Bem,
quero ver se você cumpriu com o que prometeu! Ou vai ter que dançar só de cueca
na festa de formatura! – Ela riu irônica. Ela saia quando se deteve de repente
– E é melhor tomar cuidado com o Pedro!
- Como
assim? Ele tá afim da Rebeca e você sabe! – Exclamou sem compreender o
comentário dela.
- É! Mas
não se esqueça que a Raquel é louca por ele! – Saiu por fim. Rindo consigo
mesma. Deixando Tomás intrigado.
Talvez
Pedro fosse um obstáculo. Pensou ele.
Na aula,
a professora de Artes explicava sobre a nova peça que seria feita na escola:
- Iremos
fazer esse ano, a pedido do diretor, uma peça para comemorarmos o nascimento do
teatro. A peça é de minha autoria, então, espero a colaboração de todos os
alunos! – Falava com enorme orgulho de si própria – A peça conta a história de um
príncipe que está prestes a se casar com uma princesa de sua classe social,
quando se apaixona por uma cigana... É a respeito da luta de classes do período
medieval...
Todas as
meninas ficaram animadíssimas com a história. Ouviram então alguém bater à porta
da classe fortemente. Quando a professora abriu, David apareceu. Estava muito
atrasado. Sentou-se rápido na carteira, sem sequer olhar para Rebeca.
Ela
sentiu um enorme ódio dentro dela ao vê-lo.
-
Então... – Continuou a professora após ter sido interrompida – Espero todos
vocês depois no auditório para os testes de papéis! A estreia será essa sexta,
então não temos muito tempo! – Avisou ela afobada.
O sinal
bateu aturdido. Júlia animada, logo se virou para Rebeca e Raquel que estavam
perto.
- Então,
vocês vão participar? – Perguntou as encarando.
- Bem, eu
vou ficar nos bastidores cuidando dos figurinos! – Falou Raquel orgulhosa.
- E você
Rebeca? – Olhou-a firme, à espera de resposta. Percebeu, porém, que a outra
continuava a olhar algo fixamente – ... Rebeca?
Rebeca,
então, avistou os olhos de Júlia sobre ela. Assustou-se como saindo de um
transe.
- O que
Júlia? – Tentou retratar-se sem jeito.
- Eu
perguntei se você vai participar da peça! – Repetiu a outra.
Rebeca
observou David saindo da sala quando a professora o barrou.
- David,
o diretor me informou que vai ser voluntário como ajudante no teatro! – Perguntou
a professora.
- O quê?
– Ele surpreendeu-se.
- Você
sabe que vai ter que fazer trabalhos extracurriculares, não é? – Interrogou-o
olhando-o fixamente. David ficou sem palavras – Te vejo no auditório então! Ok?
A
professora saiu apressada.
Rebeca
sorriu pensativa após ver essa cena. Essa era a oportunidade perfeita! Desviou
o olhar para Júlia que ainda esperava sua resposta.
- Quer
saber?... Acho que vou! – Afirmou exibindo um sorrido malicioso.

O que sera que a Rebeca vai fazer?
ReplyDeleteLouca pelo proximo, flor!
bjs
Amei esse capitulo! Conseguiu me instigar...
ReplyDeleteTo louca pelo proximo!!
bjs
To adorando essa nova fase da novela!
ReplyDeleteTodo capitulo acontece algo diferente, parabens pela escrita!!!
beijos
A web ta otima, eu to amando todos os personagens, cada um tem uma participação na historia, isso só revela a sua criatividade!
ReplyDeleteAdorei o gif que vc fez, muito lindo parabens!
xoxo
A Rebeca nao tem jeito msm hehe
ReplyDeleteA cada capitulo fico mais intrigada...
beijos, continue postando!