
Boa tarde meus weblovers adorados, como vão vocês?? Sentiram saudade? Tá, tudo bem, eu sei que foi só uma semaninha longe, e que essa coluna é semanal mesmo; e que sempre foi assim...Tá! Eu confesso! Tô carente!... Masss, nada como mais uma crítica incrível para me fazer sentir bem melhor. Bom, digo isso em relação ao artigo em si, porque se dependesse da web de hoje para levantar o meu astral, com certeza meu estado agora seria pior que o da Evanescence no clipe de “My immortal”!
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| Autor(a): Rick Novack Ano: 2018 |
“PRA QUÊ ISTO FOI ESCRITO???”
Sim, gente, pode parecer estranho o ato de perguntar o “pra quê” de alguma coisa, afinal, estamos muito acostumados com o “porque”. Ele parece bem mais adequado, não acham? Mas acontece que o “porque”, sempre remete a algo pessoal, ou seja, do escritor para si mesmo, suas razões e motivações: “Porque eu quis passar essa mensagem, porque eu sempre gostei deste tema, porque eu, EU!”. Enquanto que o “pra quê”, força o autor a sair de si em direção ao público. “Pra que isto serve? Que objetivo busca atingir? O que deseja passar para o leitor?”. E é aí que entra a grande diferença entre um verdadeiro escritor para um simples digitador de letras.
Vejam, escrever é com certeza uma das maneiras mais belas de se expressar, porém, qualquer pessoa pode escrever. Então, o que faz de alguns escritores e outros não, afinal? E para responder isso, é simples: você pode escrever como quiser e sobre o que desejar, mas o que é que te faz não guardar simplesmente aquilo em uma gaveta só para você? Exato! A impressão de que aquilo deve ser lido por outros! Mas porque aquilo merece ser lido em específico? O que faz daquilo diferente de qualquer bilhete ou papel jogado no chão? “Por que EU acho que merece?”. Óbvio que não, pois quem decidirá isso é o público, assim, mais do que nunca o “pra quê” se faz crucial aqui!
E o que pude perceber, é que, assim como a maioria atualmente, este autor também não se parou para fazer-se esta pergunta, mas apenas usou seu espaço como palanque para realizar suas “fantasias mentais”!
A trama conta a saga de Norma que deseja vingar-se da irmã que a encerrou na cadeia injustamente e levou sua filha, após matar seu marido e colocar a culpa sobre ela. 18 anos após o ocorrido então, e enfim, em liberdade, ela vê a chance de realizar seu objetivo. E quem dera o tema ser clichê AS FUCK fosse o maior dos problemas aqui, pois, se ao menos o enredo seguisse este caminho, teríamos quem sabe uma boa obra, porém, a direção não somente perde o rumo, como se descamba no maior dos precipícios!
Isso porque, várias subtramas começam a tomar o espaço do núcleo central e até ter mais mportância, como o romance de Lucas e Matheus por exemplo, ao que o escritor mostrou o maior interesse, dedicando a ele várias quantidades de capítulos, deixando Norma a esperar inerte com seus planos, e assim, a condenando a apatia extrema junto ao público. Mas, ao mesmo tempo em que afogava sua “forte” protagonista no total ostracismo, ele também não desenvolvia o casal citado, pelo fato de ser uma subtrama e reconhecer que não poderiam tomar o protagonismo. Dessa forma, a paixão maior do escritor sobre um determinado assunto, se sobrepôs ao desejo de contar a história, transformando seu enredo em um verdadeiro cabo de guerra entre os dois núcleos, mas neste caso, para decidir qual deles era o mais desinteressante!
E para salientar ainda mais a negligência completa desta novela frente ao público, porque não adicionar romances sem química, personagens esquizofrênicos e núcleos inúteis? Me digam, qual o propósito do núcleo de Nina sequer existir? Ou o de joana e Elvira? Eles nada adicionam a história ou desenvolvem de qualquer maneira, aliás, nenhum dos personagens aqui o faz! Norma nunca chega a realizar sua vingança, ou seja, o tema central da história, mas apenas sofre os ataques da vilã um após o outro! Sem falar da megera que, passa a maior parte do tempo brigando mais com sua própria mãe do que com a protagonista, mostrando a total falta de rumo nessa narrativa! Nenhuma das relações amorosas convenceram, pela imensa ausência de personalidade e carisma nestes personagens.
Personalidade esta que faltou, pelo exato motivo de que estas personas foram criadas somente com o objetivo de protagonizar brigas escandalosas, as famosas “lições de moral” e cenas de perversão e sexo tolas e sem sentido algum! Não em direção a agradar o público ou narrar uma boa obra, mas para satisfazer os desejos pessoais do escritor. Capítulos e capítulos recheados com conteúdo inútil que poderia muito bem ter sido reduzido. Não para fazê-la uma web melhor, mas pelo menos para poupar um pouco o tempo desta crítica cansada aqui!
A arte da literatura está em transmitir em palavras o que só se conhece em pensamento, mas ao sobrepôrmos o nosso pensamento as próprias palavras, as silenciamos, sufocamo-las, matamo-las .
Notas DIGG TV
1. Essa coluna está protegida pela lei nº 9.610/1998, Art. 46 III, que protege a utilização de qualquer obra ou trechos dela, em qualquer mídia ou meio de comunicação para fins de crítica, estudo, ou polêmica.
2. As opiniões expressas nessa coluna não refletem necessariamente as da DIGG TV. Elas são de total responsabilidade do autor.
3. Este quadro não tem como intuito rebaixar ou menosprezar qualquer autor ou obra, mas sim, de abrir um diálogo em prol da qualidade literária.
Direito de Imagem (Rating)
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