E aíii meus weblovers mais queridos, tudo bem com vocês?? Eu estou mais do que divina! No artigo anterior eu citei o acontecido na crítica de “Amores passados”, que deu o que falar, e logo, logo, sairá mais um artigo sobre isso. E devo dizer, depois disso, nunca me senti tão certa do meu propósito aqui; o que ocorreu só me fez perceber que o que importa pra mim não é ser lida por muitos, mas compreendida por todos os que me leem. Quero ajudar os autores a entenderem a verdadeira literatura e realizarem seu desejo de escrever uma boa história, e, para isso, usarei de todas as armas que estiverem a meu alcance! E quanto a todos os outros, eles virão, nem que seja para apenas espiar a luz do lado vizinho ;)
YEAH, we are the resistence, guys!
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| Autor(a): Ricardo Azevedo Ano: 2019 |
De fato, esta obra comete tantos “o que não fazer quando for escrever uma novela”, que, inspirada pela ideia dos andares de uma torre que, ao invés de irem para cima, vão em direção ao subsolo, resolvi criar a minha própria torre inversa, com os 5 maiores erros ao se escrever uma web novela!
1º Andar - Falta de estrutura
E no primeiro piso desta torre está, naturalmente, a base da história, ou nesse caso a falta dela! Uma base nada mais é que a estrutura que sustentará toda a sua trama, ou seja, o caminho que ela tomará. Quando começamos qualquer coisa, precisamos ao menos ter a ideia de onde queremos ir com aquilo. É como se pegássemos uma caixa daqueles bloquinhos coloridos de madeira, mas sem ideia nenhuma do que queremos construir, apenas montássemos a esmo um em cima do outro. O que acham que provavelmente sairá disso? Uma obra de Da vinci, ou simplesmente um amontoado sem sentido?
E desta mesma forma, esta trama apresenta-se. Ela começa com uma disputa de amor, no que parecia querer ser um enredo romântico, mas de repente, sem explicação alguma, lança-se em um triller/ horror/mitológico com fantasmas e poderes mágicos sem nenhuma relação com os eventos anteriores, deixando o leitor completamente confuso sobre o que a trama quer lhe contar.
2º andar - O autor introspectivo
E é claro que, após estabelecermos sobre o que nossa história realmente se trata, temos que introduzi-la a nosso leitor. E para isso, usamos a ambientação, que nada mais é que uma forma de inteirar nosso público do universo que ele está entrando. Entretanto, quando isso não acontece, ocorre o que eu chamo de “autor introspectivo”, que é quando o mesmo, guarda todas as informações sobre a história dentro de sua mente apenas, e devo dizer, nunca vi uma novela representar tanto esta característica!
Absolutamente nada, NADA é descrito para o leitor de forma alguma! Nem sequer uma introdução aos personagens; não sabemos quem eles são, o que querem, em que mundo eles estão, e eis que de fucking lugar nenhum, eles soltam poderes e viram insetos! WTF?? Vejam, o problema não está na anormalidade das coisas, as coisas podem ser anormais, mas antes o escritor precisa estabelecer isso. Eu não posso simplesmente criar uma história que pareça realista e “BUM!” inserir monstros e heróis e fantasmas e bonecas e mulheres-lesmas... Sério, nesse ponto minha cabeça rodava tanto que eu juro que comecei a ouvir a música do peão do baú girando!

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Notas
1. Essa coluna está protegida pela lei nº 9.610/1998, Art. 46 III, que protege a utilização de qualquer obra ou trechos dela, em qualquer mídia ou meio de comunicação para fins de crítica, estudo, ou polêmica.
2. Este quadro não tem como intuito rebaixar ou menosprezar qualquer autor ou obra, mas sim, de abrir um diálogo em prol da qualidade literária.
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