Meus weblovers, como vão vocês? Estou curiosa para saber como está o clima nos outros lados do Brasil porque aqui em Sp mais parece que fomos presos em uma experimentação maluca onde um dia é a antártica e no outro o saara; Eu até imagino a Maju dando essa previsão: “E aqui nesta faixa veremos altas temperaturas, seguidas por rajadas de vento e tempestades de areia... Neva à tarde...”. Bom, mas pelo menos nesta coluna aqui, o clima não muda e é o de mais uma crítica incrível. Bora lá?
Porém, já começo a me arrepender disso...
Sabe aquela sensação horrível quando comemos algo estragado? Ele tem um gosto péssimo e depois fica por horas e horas batendo no seu estômago como uma pedra gigante? Pois é, é assim que posso resumir essa história.
Seguimos o drama, não, comecei errado, afinal, nesta história não há drama nenhum; Seguimos Ângela, nossa protagonista que... Bem, vamos pular essa parte também, porque ela não tem personalidade nenhuma pra contar... Eis que ela está no shopping comprando com as amigas quando resolve bullynar uma colega porque... Bem, pulemos isso também (Mais um pulo e vou ter que pedir ajuda aos universitários...). Até que o pai dela fica triste com ela e ela resolve mudar suas atitudes. Mas o que isso tem a ver com o resto é o que não sei, porque logo mudamos o foco completamente, aliás, se acostumem porque nada aqui terá relação com nada.
O fato principal é que de repente ela encontra o seu verdadeiro amor: Felipe. E a cena do esbarrão seguida da paixão instantânea que não poderia ser mais esquizofrênica ainda é presenteada com um pedido de namoro. Ângela fica muito feliz, é claro.
Mas até aí, tudo bem. E este é EXATAMENTE O PROBLEMA! Afinal, que a história é fora da casinha já percebemos, mas alguém pode me responder só uma coisinha? O que demônios está acontecendo nesta trama? Pelas minhas contas, a protagonista fez compras, bullynou uma menina, sem qualquer motivo, se arrependeu, sem qualquer motivo e encontrou um namorado. Quer dizer, cadê o conflito? Cadê o obstáculo? E mais importante, porque eu deveria me importar com qualquer coisa que acontece?
Sem contar na trama paralela que só posso dizer que ganha de todas as que já li em termos de inutilidade, sério, até o sms depois da invenção do whatapp tem mais função que esta trama, o orkut tem mais função que esta trama! Osvaldo vive bem com sua esposa, Alice quando descobre que está com diabetes, ui, e não só isso, mas seu irmão, Alfredo é apaixonado por sua mulher. E então você pensa: Érika, está aí o problema central! Só que nada, nunca, EVER acontece! Osvaldo nunca descobre sobre essa paixão e nem Alice, Alfredo jamais tenta qualquer coisa e tudo fica na completa e perfeita paz o tempo todo! (Como estaria a vida do Whindersson se o Vitão tivesse feito o mesmo) Tudo, e eu não exagero quando digo tudo que ocorre aqui é Osvaldo passando mal de novo e de novo, caindo mais que o neymar em campo, não para ganhar melhor do mundo, mas de trama mais inócua do planeta!
Assim, estamos quase chegando na metade da história e não fazemos ideia do que estamos lendo, até que a autora surge com mais uma brilhante solução: Felipe apresenta Ângela ao irmão e temos a amostra do que será o enredo daqui para frente nesta fala do mesmo um segundo, e eu não brinco, um SEGUNDO depois de conhecer a garota:
Porém, se isso não soa “narrativa feita por um esbarrão no teclado” o bastante, pode ficar pior. Ricardo encontra uma ex namorada e o primeiro diálogo é literalmente esse.
A infantilidade dos diálogos é inacreditável; Essa é a discussão de Felipe e Ricardo quando o primeiro o pega beijando sua namorada.
Ou nesta emocionante frase de impacto, dita por um irmão decepcionado:
Mais capítulos dos vilões tentando separar o casal, cujo o leitor não poderia se importar menos, sem levar a nada, Osvaldo caindo de novo, garota que é morta e escondida embaixo da cama, Osvaldo e Alice descobrindo gravidez que, novamente, ninguém se importa, uma tentativa de roubo e encerramos essa linda obra prima que nunca nos dá razões para existir.
Enfim, eu não tenho sequer palavras para explicar isso; Esse nível de despreparo, de qualquer senso; Eu não sei se eu escreveria algo assim aos 10 anos, eu nem sei se eu escreveria assim antes de aprender a escrever! Ler esta história é realmente como provar um veneno; ainda sinto seu gosto em minha boca, e não é nem um pouco doce!
Porém, já começo a me arrepender disso...
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Autor(a): Ivette Ano: 2018 |
Seguimos o drama, não, comecei errado, afinal, nesta história não há drama nenhum; Seguimos Ângela, nossa protagonista que... Bem, vamos pular essa parte também, porque ela não tem personalidade nenhuma pra contar... Eis que ela está no shopping comprando com as amigas quando resolve bullynar uma colega porque... Bem, pulemos isso também (Mais um pulo e vou ter que pedir ajuda aos universitários...). Até que o pai dela fica triste com ela e ela resolve mudar suas atitudes. Mas o que isso tem a ver com o resto é o que não sei, porque logo mudamos o foco completamente, aliás, se acostumem porque nada aqui terá relação com nada.
O fato principal é que de repente ela encontra o seu verdadeiro amor: Felipe. E a cena do esbarrão seguida da paixão instantânea que não poderia ser mais esquizofrênica ainda é presenteada com um pedido de namoro. Ângela fica muito feliz, é claro.
Ângela(no telefone): Pai?Eu estou demorando porque eu fui na loja de roupas,antes de entrar eu quase caí e quem me salvou foi o Felipe,a gente teve uma troca de olhares,depois comprei várias roupas e depois de sair da loja fui com o Felipe para a praça. Ele tá aqui do meu lado,abraçado. Sabe o que aconteceu? Ele me pediu em namoro e aceitei! Depois vou apresentar ele a você. Tchau.
Mas até aí, tudo bem. E este é EXATAMENTE O PROBLEMA! Afinal, que a história é fora da casinha já percebemos, mas alguém pode me responder só uma coisinha? O que demônios está acontecendo nesta trama? Pelas minhas contas, a protagonista fez compras, bullynou uma menina, sem qualquer motivo, se arrependeu, sem qualquer motivo e encontrou um namorado. Quer dizer, cadê o conflito? Cadê o obstáculo? E mais importante, porque eu deveria me importar com qualquer coisa que acontece?
Sem contar na trama paralela que só posso dizer que ganha de todas as que já li em termos de inutilidade, sério, até o sms depois da invenção do whatapp tem mais função que esta trama, o orkut tem mais função que esta trama! Osvaldo vive bem com sua esposa, Alice quando descobre que está com diabetes, ui, e não só isso, mas seu irmão, Alfredo é apaixonado por sua mulher. E então você pensa: Érika, está aí o problema central! Só que nada, nunca, EVER acontece! Osvaldo nunca descobre sobre essa paixão e nem Alice, Alfredo jamais tenta qualquer coisa e tudo fica na completa e perfeita paz o tempo todo! (Como estaria a vida do Whindersson se o Vitão tivesse feito o mesmo) Tudo, e eu não exagero quando digo tudo que ocorre aqui é Osvaldo passando mal de novo e de novo, caindo mais que o neymar em campo, não para ganhar melhor do mundo, mas de trama mais inócua do planeta!
Assim, estamos quase chegando na metade da história e não fazemos ideia do que estamos lendo, até que a autora surge com mais uma brilhante solução: Felipe apresenta Ângela ao irmão e temos a amostra do que será o enredo daqui para frente nesta fala do mesmo um segundo, e eu não brinco, um SEGUNDO depois de conhecer a garota:
Ricardo(pensando): Eu ainda vou pegar essa garota. Ela vai ser minha,e não sua,Felipe! Vou aproveitar que daqui a pouco o meu irmãozinho sai,para eu tentar beijar a Ângela
Porém, se isso não soa “narrativa feita por um esbarrão no teclado” o bastante, pode ficar pior. Ricardo encontra uma ex namorada e o primeiro diálogo é literalmente esse.
- Que bom que você voltou. Quer se unir comigo pra destruir um relacionamento aí, e possivelmente ir pra cadeia por sequestro ou roubo?
- Bora!
A infantilidade dos diálogos é inacreditável; Essa é a discussão de Felipe e Ricardo quando o primeiro o pega beijando sua namorada.
Felipe: Porque você tentou beijar a Ângela?
Ricardo: Porque eu gosto dela.
Felipe: E pra gostar dela precisa fazer isso?
Ou nesta emocionante frase de impacto, dita por um irmão decepcionado:
Felipe: EU TE ODEIO,SEU MALDITO! EU NUNCA VOU DEIXAR QUE A ÂNGELA SE SEPARE DE MIM! EU ME ARREPENDO DE TE TER TIDO COMO IRMÃO!
Mais capítulos dos vilões tentando separar o casal, cujo o leitor não poderia se importar menos, sem levar a nada, Osvaldo caindo de novo, garota que é morta e escondida embaixo da cama, Osvaldo e Alice descobrindo gravidez que, novamente, ninguém se importa, uma tentativa de roubo e encerramos essa linda obra prima que nunca nos dá razões para existir.
Enfim, eu não tenho sequer palavras para explicar isso; Esse nível de despreparo, de qualquer senso; Eu não sei se eu escreveria algo assim aos 10 anos, eu nem sei se eu escreveria assim antes de aprender a escrever! Ler esta história é realmente como provar um veneno; ainda sinto seu gosto em minha boca, e não é nem um pouco doce!

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Notas
1. Essa coluna está protegida pela lei nº 9.610/1998, Art. 46 III, que protege a utilização de qualquer obra ou trechos dela, em qualquer mídia ou meio de comunicação para fins de crítica, estudo, ou polêmica.
2. Este quadro não tem como intuito rebaixar ou menosprezar qualquer autor ou obra, mas sim, de abrir um diálogo em prol da qualidade literária.
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