David
estava ensaiando com sua banda para a batalha que iria acontecer em alguns
dias. Pâmela chegou os interrompendo.
- E aí
David? – Disse ao entrar. Visivelmente animada.
- O que
veio fazer aqui? – Ele perguntou parando de tocar.
- Vim
ajudar vocês!
- Ajudar?
– Sheyla se aproximou intrigada, em seu tom havia certa rispidez.
- Sheyla,
quanto tempo.
O sorriso
foi curto, assim como a troca de olhares.
- Nem
tanto tempo assim... – Sheyla falou finalmente.
- Bem, eu
vim aqui dizer que eu conheci um empresário famoso na Espanha, e eu acho que
ele pode ajudar vocês! - Era evidente a face convincente da outra.
- David,
posso conversar com você? - Pediu Sheyla. Foram a um canto separado -
O que ela veio fazer aqui?
-
Aparentemente fazer as pazes! - Ele respondeu com um tom de deboche.
-
Acredita mesmo nisso? - Os olhos da amiga fixaram-se neles.
- Não
sei... - Ele desviou o olhar fixo - Ela não teria nenhum motivo pra mentir...
Mas a gente não precisa confiar nela se a gente não quiser. Se a história do
empresário é mesmo verdade, não tem problema aceitar a ajuda dela.
Pâmela viu-os
voltar:
- E
então?
David
olhou para Sheyla que permanecia séria. Mesmo relutantes eles aceitaram.
O pai de
Rebeca a encarava sem reação. Olhou para os papéis na mão dela.
- Aonde
os achou?
- Isso
não importa! Pai o que são esses documentos? – Ela levantou-se intrigada.
Ele ficou
em silêncio. Os olhos de sua filha pediam uma explicação. Pediam a verdade.
- Eu
estou com câncer! – Respondeu seriamente – Descobri há dois meses – Baixou o
olhar.
Rebeca
levou um choque tremendo. Sentou-se novamente assustada. Voltou a olhá-lo.
- Por quê?...
Por que não me contou? – Ela tentava falar – Não acha que eu tinha o direito de
saber? – Ela o olhava amedrontada.
- Eu... –
O pai de Rebeca abaixou o olhar. O que não era normal de sua personalidade –
Não quis lhe dizer para que não sofresse! – Torceu os pulsos.
- E como
acha que eu estou agora? – Ela permitiu que uma lágrima caísse – Há... Há um
tratamento! Não é?
- Sim! – Ele
disse contrito.
- Irá
começar a fazer o tratamento imediatamente! – Ela ordenou quase como uma mãe.
Tinha muito medo de perdê-lo.
- Isso
está fora de questão! – Ele apenas disse isso e saiu em direção à sala.
Rebeca
sem entender foi atrás dele.
- O quê?
– Ela o indagava.
- O
tratamento não dá muitas chances de cura... E há uma operação com alto risco de
vida! – Ele respondeu sério, como se fosse algo normal em seus pensamentos.
- Mas...
Mas não pode se entregar! – Ela o suplicava aflita – Nunca saberá se não
tentar!
- Eu não
posso!
- Por que
não? – Rebeca já não continha as lágrimas.
- Sua mãe
morreu dessa doença! – Ele confessou deixando Rebeca surpresa.
Seu pai
sentou fraco no sofá. Pôs as mãos à cabeça.
- Eu...
Não podia deixar! Não podia! – Ele falava consigo mesmo em meio ao pranto –
Descobrimos que sua mãe iria morrer! Só lhe restavam alguns meses de vida. Eu
insisti pra que ela fizesse o tratamento, por que não podia pensar em perdê-la
– Ele olhava os móveis sem chegar a fixar-se em nenhum – Lembro da mão dela no
hospital... Me pedindo para deixá-la ir para casa pois sabia que iria morrer,
mas eu não pude! – Ele cerrava os pulsos fortemente – Não podia aceitar! Fui
egoísta... Ela morreu dois dias depois numa cama de hospital... Isolada de quem
amava... Após isso nunca mais consegui te olhar direito nos olhos – Olhou
triste para Rebeca.
Rebeca devolveu
o olhar amedrontada. Nunca havia visto seu pai tão frágil.
- ... Fez
isso por que a amava! – Rebeca disse em meio ao pranto. Aproximou-se dele –
Pai... Eu não quero te perder...
- Era
isso que queria evitar filha – Ele cerrou os olhos com as mãos – Que sofresse
por mim!
- Por
favor, pai... – Ela suplicou sentando-se ao seu lado.
-
Rebeca... Eu peço que não insista nesse assunto... – Ele sério levantou-se e se
fechou no escritório.
Raquel
arrumava-se para ir a uma festa, quando seu celular tocou:
- Alô? – Ela
disse sem saber o número.
-
Raquel?... Que bom falar com você... – A voz parecia meio rouca.
- Pedro?
É você?... – Raquel ouviu a voz responder rindo – O que aconteceu?... Eu tô indo aí!
– Raquel saiu rapidamente preocupada.
Ao chegar
à casa dele, Raquel foi recebida pela empregada que lhe disse que Pedro estava
em seu quarto. Aparentemente seus pais não estavam.
Abriu a
porta do quarto. Surpresa se deparou com ele deitado no chão com uma garrafa de
vodca vazia. O lugar parecia como se tivesse sido revirado por um ladrão.
Ela
ajoelhou-se perto dele. Pegou em seu rosto para ver se não tinha se machucado.
Ele acordou de sobressalto, a assustando.
-
Pedro... Você está bem? – Ela perguntou o olhando aflita.
-
Raquel... – Ele sorriu. Parecia estar totalmente bêbado.
- Por que
você bebeu? – Ela o perguntou. Sentiu o cheiro forte do álcool.
- Eu... –
Ele tentava falar, mas estava perdendo a nitidez dos pensamentos – Sou um
perdedor!... Meu pai odeia perdedores! – Ele ria.
- Me
escuta! Não é bebendo que você vai resolver seus problemas, tá legal?
Ela o
levantou com dificuldade. Sentou-o na cama. Havia um pequeno corte em seu
rosto. Ela pegou um pano para limpá-lo.
-
Obrigado... Por cuidar de mim... – Ele disse lhe sorrindo.
Pedro
aproximou-se bruscamente. Pegando-a de surpresa, a beijou.
Nossa amei o capitulo continue postando flor!!!
ReplyDeletebjs
Li vários capítulos de uma vez e está ficando legal!
ReplyDeleteBjs
http://achadosdamila.blogspot.com.br/
estou adorando a historia!!!
ReplyDeletemuito ansiosa pra ve a reaçao da Raquel:)
bjs
nossa que climao haha
ReplyDeleteparabens pela historia to amando
bjs