Pedro
pressionou seus lábios contra os de Raquel. Pega de surpresa, ela tentou
afastar-se dele com as mãos, porém, ele se mostrava mais forte. Raquel sentiu-o
muito perto do seu corpo, tocando sua pele. De repente, deixou-se se levar pelo
sentimento que cresceu. Beijou-o de volta, respondendo ao impulso que sentira.
Pedro
avançou com mais intensidade contra ela. Tentou se aproximar mais. Raquel
sentiu-o recliná-la sobre a cama. Levantou-se afastando-o sobressaltada.
- Eu...
Tenho que ir...- Ela disse ofegante. Saiu rapidamente batendo a porta atrás de
si.
Ele
correu meio cambaleante até a direção dela, mas com tontura, acabou
escorregando junto a porta, caindo de sono.
Rebeca
chegando ao quarto desesperada, só conseguiu pensar em David. Pegou o celular
aflita, as lágrimas corriam em seu rosto. Precisava dele. Precisava ouvir sua
voz.
- David?
Eu preciso falar com você - Rebeca disse em meio ao pranto.
- David?
- Respondeu Pâmela - Ah... Desculpa Rebeca ele não pode atender agora!
- Pâmela?
- Rebeca perguntou surpresa - O que está fazendo com o celular dele?
- Ele não
te contou? - Respondeu cínica - Eu estou ajudando ele com o ensaio para a
batalha das bandas...
Rebeca
abandonou o telefone no chão. Caiu na cama em meio ao choro soluçante. Não
podia acreditar no que estava acontecendo. Não sabia o que fazer, nem o que
pensar. O celular de Raquel também não respondia. Acabou dormindo em meio a
tudo.
À noite,
seu pai entrou em seu quarto. Olhou-a dormir. Sentou-se ao seu lado.
- Não
queria que soubesse... Não queria que sofresse por mim... - Dizia consigo
mesmo.
E pensar
que não teria muito tempo de vida para vê-la crescer e desenvolver-se como
mulher. Seu dever era lhe prover um bom futuro enquanto ainda estava ali. Não teve
coragem de acordá-la. Fechou a porta em silêncio.
No outro
dia, Pedro acordou atordoado. Sentia uma forte dor de cabeça e um imenso
sentimento de culpa por ter bebido. Seu pai o chamaria de fraco. A empregada
entrou para servir o café. Ele perguntou pelo seus pais, ela respondeu que não
estavam. Eles nunca estavam. A empregada, então, lhe perguntou o motivo de
Raquel ter saído correndo do quarto dele.
De
repente, Pedro se lembrou do que tinha acontecido. Raquel tinha vindo vê-lo.
David
olhou seu celular e viu quatro ligações perdidas de Rebeca. Achou estranho não
ter visto. O que ele não sabia, é que Pâmela tinha pegado enquanto ele
ensaiava. Ficou preocupado com Rebeca. Ligou para ela, porém não respondia. O
que teria acontecido?
Raquel
veio à casa de Pedro, pois eles eram parceiros no trabalho de Química. Havia
indagado a si mesma mil vezes se deveria ir até lá. Sabia o que havia sentido
na noite anterior. Mas perguntava-se se ele teria sentido o mesmo. No fim, a
curiosidade e vontade de vê-lo acabaram vencendo.
Ele abriu
a porta envergonhado. Vestiu uma camisa rapidamente. Raquel lhe deu um sorriso
tímido.
- Me
desculpa... Eu não tinha me lembrado do trabalho! - Ele explicou-se.
- Não tem
problema - Respondeu ela simpática entrando no quarto - Está melhor?
-
Claro... - Disse tímido - Me desculpa Raquel por ter te feito vir aqui...
- Tudo
bem!... Não tem problema...
Sentaram-se
na cama.
- Eu... Sou
um idiota! - Pedro baixou a cabeça com raiva - Sabendo que meu pai odeia essas
coisas... Eu sou um perdedor!
- Você
não é um perdedor! - Ela contestou - Não importa o que seu pai disse! Só não
pode tentar resolver seus problemas com a bebida! Não vai te levar a nada!
Pedro
sorriu. Pela primeira vez, alguém não o criticava.
-
Aconteceu... Algo entre a gente? - Pedro perguntou intrigado. Lembrava-se muito
pouco da noite passada. Raquel tremeu. Ele a interrompeu - Olha... Eu estava
muito bêbado ontem à noite... Não foi a minha intenção...
- Não...
não aconteceu nada! - Raquel mentiu constrangida. E com certa decepção na voz.
- Eu não
aguentei ser rejeitado pela Rebeca!... Eu não consigo parar de pensar nela...
Raquel
teve um choque. Ele não se lembrava. E estava apaixonado pela Rebeca. Se sentiu
uma idiota por pensar que poderia ter rolado sentimento entre eles. Levantou-se
bruscamente. Despediu-se com uma desculpa de que não estava bem. Pedro viu-a
sair sem entender.
David
chegou ao quarto de Rebeca pela janela. Ao vê-lo, Rebeca aproximou-se dele,
abraçando-o forte. David não entendeu o que estava acontecendo.
Ficaram
alguns minutos em silêncio, abraçados.
Ele
olhou-a preocupado.
-
Rebeca... O que aconteceu? - Ele a indagou fixando seus olhos atentos.
- Meu
pai... - Ela jogou-se sobre ele em prantos - David, meu pai...
Ela
contou-lhe tudo com calma. Sentindo sua dor ele a envolveu apertado em seus
braços. Depois, ficaram sentados na cama dela. Rebeca repousava sobre ele. Se
sentia segura. A salvo de todos os problemas que a cercavam.
David a
viu cerrar os olhos em meio as lágrimas cada vez mais lento, e dormir sobre ele.
Eu amei o capitulo muito lindo!!!
ReplyDeletebeijos
fiquei com muito dó da Raquel
ReplyDeleteto amando a historia esta muito linda!!!
bjs
muito boa a web
ReplyDeleteestou correndo pra ler os outros capitulos pra entender esse hehe
bjs
só quero ver os proximos!
ReplyDeleteto adorando...