Pâmela
pareceu não se chocar com a acusação de Rebeca que a olhava com raiva. Sorriu
enfim. O que deixou Rebeca desconcertada.
- Foi
você, não foi? – Rebeca encarou-a se aproximando.
- Acha
mesmo? Pensa bem Rebeca... – Rodeou-a – Por que eu denunciaria o David?
- Eu não
sei... – Rebeca tentou achar uma razão, mas não encontrava – Mas sei que foi
você que armou pra mim e o David sermos pegos pelo meu pai!
- Isso é
verdade! – Pâmela respondeu sorrindo.
Rebeca de
repente se surpreendeu com a coragem de Pâmela de admitir o que tinha feito.
- Mas eu
só fiz isso pelo seu bem Rebeca!
- O quê?
– A outra disse surpresa – Meu bem?
- Sim...
O David não gosta de você! Eu não queria que ele continuasse a te enganar... Na
verdade, ele nunca conseguiu me esquecer... Por que acha que eu vim? - Disse
séria. Quase como um conselho amigável.
- Isso é
mentira! – Rebeca vociferou – O David me ama!
- Bem...
– Riu-se Pâmela consigo mesma – Quem ama não esconde segredos, certo?
- Ele não
esconde nada de mim!
-
Mesmo?... Então por que não pergunta a ele? - Ela se aproximou - Por que não
pergunta... O verdadeiro motivo dele ter vindo pro Brasil? – Pâmela disse
firmemente.
Rebeca
diante do olhar vencedor da outra saiu rapidamente. Pâmela olhou-a triunfante.
Na
lanchonete, Raquel chegou rapidamente e encarou o rosto de Pedro a esperando na
mesa.
- Por que
ligou pra mim? – Ela perguntou esbaforida.
- Eu tô
ferrado Raquel! Minha mãe ficou sabendo que você é minha namorada! – Pedro viu
Raquel se envergonhar – Quer dizer... Minha namorada de mentira... Ela quer que
eu te apresente a nossa família!
- O quê? – Raquel se assustou – Você tem que dizer a verdade Pedro!
- Eu não posso!... Meus pais nunca ficaram tão animados... Eu nunca apresentei nenhuma namorada pra eles...
- O quê? – Raquel se assustou – Você tem que dizer a verdade Pedro!
- Eu não posso!... Meus pais nunca ficaram tão animados... Eu nunca apresentei nenhuma namorada pra eles...
- O que a
gente faz então? – Raquel perguntou confusa.
- Se você
pudesse fingir que é minha namorada pelo menos no jantar...
- Não sei
Pedro... – Ela tentou hesitar com medo.
- Por
favor... – Pedro a olhou carinhosamente – Não esquece que foi você que me meteu
nessa furada! - Sorriu ele.
Raquel
sorriu com o jeito dele de a incriminar. Acabou aceitando ir ao jantar dos pais
dele, pois não conseguia dizer não a Pedro. Não queria, mas a cada dia mais, a
verdade, era que estava se apaixonando por ele.
David
permanecia no mesmo lugar. Calado, pensativo. Não podia cumprir o acordo com o
pai de Rebeca senão ela estaria em perigo. Não suportava a ideia de perdê-la.
Mais uma vez seu passado o impedia de ser feliz, mas não podia tirar de Rebeca essa
chance.
Ouviu a
porta se abrir bruscamente. Era ela.
- Rebeca?
– Ele disse, se surpreendendo com a presença dela.
- Fiquei
sabendo que foi solto. Por que não veio me ver David? – Ela perguntou
intrigada.
- Eu... –
Ele tentou buscar palavras para desculpar-se – Não pude...
-
David... – Ela se aproximou – Eu preciso saber... Qual o verdadeiro motivo de
você ter vindo pro Brasil!
A
afirmação de Rebeca pareceu como um choque. Tinha que contar a verdade de uma
vez por todas.
- Rebeca
– Ele pegou nos braços dela olhando em seus olhos fixamente – Eu te contei que
meu pai é Sérgio Martins, se lembra? – Completou em tom sério.
- Sim...
Eu sei que seu pai é acusado de ter desfalcado os milhões da empresa que ele
era sócio... Mas meu pai me disse que nada foi provado... Que havia certa
evidência de uma única testemunha... Mas que foi descartada! – Completou
confusa.
- Tem
algo que eu tenho escondido de você... - Ele baixou o olhar – Eu... Sou a única
testemunha!
Rebeca
distanciou-se surpresa e confusa ao mesmo tempo.
- Então
quer dizer... – Ela tentou falar em meio ao espanto.
- Sim, eu
sou a testemunha do julgamento! – Ele se aproximou.
- Como? –
Ela perguntou sem entender.
- Depois
que minha morreu... Eu descobri que meu pai não estava morto! Eu era menor de
idade então fui obrigado a morar com ele na Espanha. Fui contratado pela
empresa como estagiário pra agradar meu pai. Um dia, então, eu ouvi meu pai
conversando com o seu sócio Carlos em uma sala, sobre o desfalque que haviam
cometido.
Rebeca
surpresa levou as mãos a boca.
- Eu fugi
da Espanha para a Alemanha, com medo de ter que testemunhar contra o meu
próprio pai!... Depois que o crime foi descoberto e meu pai indiciado... Vim
para o Brasil para que ele não me encontrasse...
- Por
isso você roubou aqueles documentos da sala do diretor! – Rebeca começava a ver
que tudo fazia sentido. Ela aproximou-se dele – Por que não me contou?
- Eu não
podia Rebeca... – Baixou o olhar.
Rebeca
sentiu uma grande vontade de devolver a felicidade aos olhos que guardavam
tantos sofrimentos.
Ela
colocou a mão em seu rosto, ele pegou em sua mão fortemente. Sentindo seu
cheiro. Ele sabia que seria a última vez.
Nossa! Louca pelo proximo cap!!!
ReplyDeleteto amando a historia flor...
bjs
Esta historia esta muito boa!!!
ReplyDeleteTomara que a Rebeca fale pro David testemunhar...
bjs
Adorei o capitulo flor! Quero saber pra ontem haha
ReplyDeletebeijos feliz natal!!!