“DAVID!”.
Falou Rebeca em um som abafado. Sentiu congelar-se por dentro. Observou pela
fresta o homem render David e amarrá-lo a uma cadeira. David tentou defender-se
quando foi acertado com um soco forte no estômago. Seu rosto contorceu-se em
dor.
- Não!
David! – Ela desesperou-se elevando as mãos à boca.
Procurou
trêmula pelo celular. Achou-o caído sobre alguns materiais. “Por favor! Tenha
sinal!”. Pedia suplicante. Temia que acontecesse algo pior a David. Lágrimas
corriam-lhe sobre o rosto.
Pâmela
ainda encarava Alex estática.
-
Então... – Começou Alex retirando do companheiro o envelope – Não tinha nada pra
esconder, não é? – Pressionou o braço dela.
- Eu ia
entregar pra vocês! – Ela disfarçou habilidosa.
- Quando?
Quando estivesse fora daqui? – Ele vociferou furioso.
O taxista
desculpou-se e saiu acelerado.
- É claro
que não!... Eu só queria investir em algo pra fazer o dinheiro valer mais! – Ela
repousou a mão sobre o ombro dele insinuante.
- Chega
de mentir Pâmela!
- E quem
disse que é mentira? – Ela aproximou o rosto do dele.
Alex já
ia inebriando-se com a aproximação dela. Pâmela rapidamente pegou o envelope.
Um dos companheiros de Alex vendo a ação tentou detê-la, então, ela caminhou
rápido até a cerca da estrada, pendendo o envelope.
- Se
chegarem perto... Eu jogo! – Ameaçou ela com malícia.
Enquanto
isso, na sala de materiais, Raquel sentou-se novamente. Não sabia como reagir à
notícia.
- Aquele
idiota! – Arfou irritada.
Estranhamente,
Raquel não se surpreendia com essa atitude de Tomás. Pedro a examinou confuso.
- Você
não está magoada? – Ele a indagou sem entender.
- Quer
saber? Vindo do Tomás... Eu poderia esperar qualquer coisa! – Riu-se consigo
mesma.
-
Peraí... Não está apaixonada por ele?
Raquel
respirou fundo.
- Não – Levantou-se
firme.
- Eu não
entendo... Você disse...
- Eu sei!
– Ela o interrompeu desviando o rosto.
- Então
porque mentiu? – Pedro aproximou-se a fixando – Por que inventou essa desculpa
pra se distanciar de mim?
- Não
Pedro, por favor! – Raquel tentou afastar-se, como tentando fugir da verdade.
- Não!
Você vai me dizer! – Ordenou ele a encurralando a parede – Me diz Raquel! Me diz
logo de uma vez, por que queria ficar longe de mim!
- Eu... –
Raquel abaixou os olhos tentando segurar as lágrimas – Estou apaixonada!...
Mas... – Tremeu. Olhou-o enfim – ... É por você!... – Permitiu cair-se em
pranto - É por você Pedro!
David
acordou de repente. Sentiu uma forte dor no corpo. Inesperadamente, a escuridão
que predominava deu lugar à luz. Viu surpreso o rosto de Bruno lhe tirando o
capuz preto.
- Onde
está o meu pai? – David tentou falar ainda com dores.
Bruno
apenas sorriu.
- Logo
estará com a gente!
David
franziu o cenho em choque.
-
Disseram que estavam com ele! – Bradou com raiva.
- Olha
aqui! – Bruno curvou-se até ele – É melhor calar a boca verme! – Socou-o no
rosto com ferocidade.
Rebeca
deixou que uma lágrima desprende-se de súbito de sua face. Tinha que escapar
dali. Não podia permitir que continuassem a machucá-lo.
Procurou
aflita qualquer coisa que quebrasse a porta. Rasgou o vestido que fez um grande
v até a coxa, para poder movimentar-se ali.
David
ainda tentava recuperar-se do golpe quando avistou seu pai aparecer.
- Filho!
– Gritou Sérgio aproximando-se.
- Calma
aí! – Bruno barrou senhor Sérgio.
- O que
fizeram com ele seus desgraçados? – O senhor gritou com desespero.
- Sérgio!
– Carlos andou até eles saindo de uma das saletas.
- Você
vai pagar! Eu vou denunciá-lo covarde! – Sérgio exaltou-se com firmeza.
- Por que
acha que estão aqui?... Eu descobri que seu filho iria testemunhar contra mim!
Sérgio
disparou o olhar para David que tossia muito. A boca com um filete de sangue.
- Então
disse para os dois que os tinha prendido, não tendo nenhum dos dois! Assim os
atrairia para cá! Um plano simples, mas eficaz, não acha? – Carlos sorriu,
colocando as mãos sobre os bolsos.
Rebeca
achou finalmente um grande pedaço de metal. Isso serviria, pensou.
Pâmela
pendeu a mão com o envelope sobre o penhasco.
- Não
faria isso! - Alex exclamou duvidoso.
Ela
sorriu. Jogou a quantia. Eles reagiram com um susto, porém, viram que ela havia
agarrado a ponta com os dedos.
- Está
bem! O que quer então? – Ele se rendeu.
- A gente
pode fazer um acordo pra dividir a grana ao invés de ficarem com ela! – Propôs
inteligente.
Pâmela
apenas planejava ter mais tempo pra fugir com o dinheiro.
Alex viu
ser a única saída. Um dos amigos dele, então, indo de leve, avançou sobre
Pâmela tentando agarrar o envelope. Com o movimento, porém, o dinheiro acabou
escorregando das mãos dos dois e caindo no penhasco.

Que tendo esse capitulo flor! Conseguiu me deixar intrigada!
ReplyDeleteLouca pelo proximo!
bjs
Bem feito pra eles que o dinheiro caiu haha
ReplyDeleteAmando a historia!
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ReplyDeleteAmando a web!
ReplyDeletecontinua!