E quão grandiosa não é essa mensagem, que revela o grande problema de nossa geração: a “infantilização do ser”. Nunca se viu em tão grande escala pessoas infantis como atualmente. São indivíduos que como Molly, não querem tomar responsabilidade pelos seus atos e acham que o mundo lhes deve algo. Alguns podem pensar que outros como Ray são maduros apenas por debelarem o que sentem em uma racionalização sufocante, porém nada mais é que outro modo imaturo de não encarar os problemas.
Quando
crianças fomos ensinados que todas as nossas necessidades deveriam ser
atendidas e que nossos sentimentos sempre seriam ouvidos. Com o passar do
tempo, então, a tendência seria que aprendêssemos que a vida não é como nossa
família. No entanto, devido talvez a falta de boas estruturas atualmente ou a ausência
total em muitos casos, encontramos seres assustados com o mundo. Não aceitam receber
oposição nenhuma ao que pensam. Carentes e despreparados. Ocasionando o
verdadeiro colapso que enfrentamos hoje.
Os índices
de depressão crescem acompanhando aos de suicídio a cada dia. E como esperado
os jovens são os mais afetados. Os que
não tiram suas próprias vidas vêem-se perdidos no mundo das drogas. Consumo que
se alastra como nunca visto antes na história!
Motivo pelo
qual a preservação da família é a única forma de sustentar uma sociedade. Pais
conturbados geram filhos infantilizados. Que para enfrentar a “selva cruel” do
mundo buscam fuga nas drogas ou na morte.
E quantas
vezes nós mesmos não estamos escapando também? Muitos na comida, no trabalho,
nos relacionamentos recorrentes. Ou qualquer tentativa de evitar os dilemas e
confrontos dessa vivência fria. Pois sim, ela não irá ser boa o tempo todo.
Porém isto é o que nos faz evoluir. A dor, ao invés de ser evitada, deve ser
vista como a forma peça qual crescemos e aprendemos. Sem isso, nossas
existências tornam-se vazias e sem sentido. É enfrentando nossos medos que
conquistamos o que nos realiza, completa e felicita. Por isso, nunca antes a
reflexão desta obra tornou-se tão necessária.
Precisamos todos
descer de nossas xícaras.
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