E aíii meus weblovers queridos, como vocês estão? Aproveitando o tempinho maravilhoso desse nosso Brasil? E eu digo, “tempinho”, pois do jeito que o nosso clima é mais louco que o fato da Geyse Arruda ter fãs, provavelmente, quando estiver lendo este artigo, ele já terá mudado de novo! Mas, se tem algo que não muda nunca é este coluna aqui, que firme e forte, todas as semanas, continua a trazer criticas incríveis para vocês!
Gente, uma coisa que devem entender sobre esta que vos fala: mesmo amando analisar webs péssimas e trazer humor a vocês, sempre antes de iniciar qualquer história, minha vontade é que, de fato, ela seja boa. Afinal, sou como qualquer leitor comum cujo desejo é ser levado por uma narrativa envolvente; que o faça chorar, rir e torcer. Por isso, após tantas novelas de estrutura nula e que já iam me fatigando o espírito, podem imaginar minha alegria ao me deparar com “Crime de Amor”. Assim, é agradecendo ao autor pelo completo refresco proporcionado a minha mente, que inicio este artigo.
Alice é uma garota rica e doce que está prestes a se casar com o homem que ama, acontece, que este não será o único homem a esbarrar em seu destino. Ao acidentalmente testemunhar o assassinato cometido por Alessandro, uma relação de ódio e perseguição é estabelecida entre os dois, porém, quanto tempo levará para esses sentimentos mudarem?
É isso aí gente! Espero que tenham curtido mais esta critica e espero vocês na próxima semana! Beijoos e bye bye!
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| Autor(a): Lucas Ano: 2019 |
Vai dizer que não bateu já uma vontade de ler? ;)
Mas é claro, um enredo carismático não é nada se não for bem desenvolvido, não é mesmo? E é aí que entra o papel do ritmo que, felizmente, é o melhor ponto dessa trama! O autor não perde tempo com subtramas inúteis ou com cenas vai e vem, mas desenvolve as ações constantemente, prendendo o leitor a história e não o deixando nem por um segundo; ele também soube trabalhar muito bem os conflitos entre os personagens que, se mostraram interessantes e aconteceram no momento exato para movimentar a narrativa. Um dos melhores exemplos que já vi nesta categoria e que realmente vale parabenizar.
No entanto, alguns erros de estrutura devem ser analisados: ao passo que as ações eram rápidas e excitantes, a base que as sustentava não era das mais sólidas, isso porque, o desenvolvimento do enredo foi apenas baseado na intenção dos personagens, como por exemplo, quando Carlos espera dois meses para revelar que Sofia tinha atropelado Paloma,; porque motivo? Apenas para o autor ter mais tempo para desenrolar os acontecimentos. E Isso acaba por deixar o leitor sem entender a intenção do personagem e consciente de estar sendo enrolado.
E falando no diabo... As intenções dos personagens são outro problema nesta história, seus desejos e motivações não são bem construídos, fazendo com que eles sempre pareçam ter algum grau de bipolaridade. Alice quer entregar Alessandro a policia e fazer justiça, mas de nenhuma forma age para que isso aconteça, pelo contrário, ela até mesmo o acoberta! E alguns poderiam dizer que ela sente medo dele. Justo. Mas se isso fosse verdade, não a veríamos indo até o apartamento dele sozinha, não é mesmo? Sofia, por sua vez , clama sentir um imenso ódio de Alice, no entanto, isso nunca é bem explicado ou construído e ela acaba soando artificial toda a novela.
De fato, a novela toda não consegue deixar de parecer artificial; e aí é que notamos a falta da ambientação. Não haviam as características dos indivíduos, suas personalidades, ou nada que pudesse nos fazer realmente mergulhar naquele universo; e esse é o típico caso em que o leitor vê-se observando algo do lado de fora.
Mas engana-se quem pensa que isso tirou o carisma destes indivíduos. Vejam, ser querido vai muito além de ser compreendido; embora muitas vezes não os entendêssemos, as relações entre eles eram tão interessantes e vivas que terminavam por dispensar qualquer explicação, na verdade, acredito que o grande carisma dessa novela proveio muito mais das situações entre eles, do que deles em si.
O tom infantil de algumas cenas predominou, como quando Sofia, depois de anos fingindo ser amiga de Alice, planejando sua longa vingança, de repente, e simplesmente, a empurra de um barranco!
Mas nada se compara a este diálogo, no qual, Alice pede conselho a amiga sobre visitar o homem que a pouco, matara alguém diante dela:
Alice: Amiga, será que eu devo ir? É o endereço do Alessandro! E se ele me matar?
Sofia: Se ele quisesse te matar já teria matado.
Alice: Você tem razão. Eu vou amanhã então.
Mas se o tom infantil não consegue destruir essa narrativa que se sustenta ainda assim com bom ritmo e confiante, o final com certeza tentou! O que foi aquele desfecho atrapalhado e sem construção gente! Tudo parece arrumado as pressas e toda a construção feita antes é completamente ignorada! Desde o começo o grande conflito era a relação de Alessandro e Alice e os problemas morais que vinham disso, certo? Pois a trama simplesmente joga tudo isso fora para apostar em um romance do momento que nunca teve qualquer desenvolvimento. Um verdadeiro desastre de estrutura! E isso ocorreu porque o autor preferiu muito mais causar a surpresa e o inesperado no público do que realmente seguir condizente com o que ele mesmo havia criado em seu enredo.
Ao final, o que posso dizer sobre esta história é que, apesar de todos os erros apontados e de ter jogado a si mesma de um penhasco em um péssimo desfecho, ela sobrevive! Seu carisma em criar uma boa linha de acontecimentos e sustentá-la até quase o fim, e assim, prender o leitor em seus conflitos, faz com que ela permaneça. Se não como uma grande história, ao menos, como um bom divertimento para as tardes!
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- Notas
1. Essa coluna está protegida pela lei nº 9.610/1998, Art. 46 III, que protege a utilização de qualquer obra ou trechos dela, em qualquer mídia ou meio de comunicação para fins de crítica, estudo, ou polêmica.
2. Este quadro não tem como intuito rebaixar ou menosprezar qualquer autor ou obra, mas sim, de abrir um diálogo em prol da qualidade literária.
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