Henrique mesmo, é desenhado como o garanhão incorrigível, cheio de vícios e vulgaridades que, no entanto, diz ter mudado pelo o amor que sente por Guiomar. Acontece que, nunca chegamos a entender a razão dessa paixão ou sequer ver essa mudança, pois há sempre uma clara diferença entre o que ele faz e o que ele diz sentir! Da mesma forma, a própria Guiomar que, nunca estabelece um caráter definitivo! Há momentos em que pode ser extremamente egoísta, até mesmo cruel, como em outras, companheira e compassiva!
E isso ocorre quando o escritor confunde, ter camadas com ter diferentes personalidades: para ser profundo, um personagem necessita mostrar-se em todas as suas faces, no entanto, ele não deixa de ser uma mesma pessoa! Assim, eu não posso criar, por exemplo, um islâmico praticante que come bacon todas as manhãs sem sentir culpa! Isso não é ter mais camadas, isso é ser esquizofrênico mesmo! E dessa forma, a audiência, que até então não consegue entender os sentimentos desses personagens, não pode acreditar em qualquer tipo de relação entre eles!
O que levou à repentina paixão de Lobo por Clara? Ou a mesma que, de repente, transforma-se de mulher submissa à emancipada decidida, sem qualquer explicação? E isso é visto em todas as personas nesta história que, falha em mostrar o desenvolvimento de seus personagens!
E para piorar, os diálogos não poderiam ser mais irrealistas! Sim, em uma novela de época é esperado uma fala coloquial, mas coloquial significa a forma como se fala, com palavras mais antigas e bem colocadas, não que seus personagens devam falar 24h como Fernando pessoa em um recital! Literalmente, tudo nas falas destes indivíduos ganhavam ares poéticos, mas ao invés de dar ao texto profundidade, apenas o tornava mais frio e distante da realidade!
Podem imaginar pessoas falando assim, todo o tempo?
Estava esperando pela forma bela com que coloriam o ato de ir ao banheiro, mas infelizmente não mostraram essa parte ;(
Ao final, é claro ver que “Porcelana” não se trata de uma web feita para chamar a atenção, com cenas escandalosas e texto mal escrito. Sua autora realmente mostra talento e desejo em criar uma boa história, de fato, nas narrações de seus personagens, pequenos trechos em que descreviam o que sentiam, revelou uma sensibilidade incrível! Não, o problema de porcelana é ter uma autora ainda em seus pequenos passos, baseando-se em obras que a encantaram e tentando achar seu caminho! Seu erro então, não deve nunca ser encarado como a prova de que não possui talento, apenas de que ele deve ser acompanhado com o aprendizado!
Personagens vazios, diálogos irreais e texto tediante e fraco ganham a nota de hoje, mas a evolução e talento que, dependem apenas da autora, podem levar ao troféu amanhã!
É isso gente, o que acharam? Quero saber a opinião de vocês! Como sempre, deixem suas sugestões! Até a próxima, beijoo e bye bye!
Podem imaginar pessoas falando assim, todo o tempo?
“Vamos então que mesmo enclausurado, tentando esconder a luz quente e penetrante, o sol grande e rei celeste, consegue atrair corpos dispostos a girar em sua volta!”
“Quer que a rosa se fechará em espinhos e não deixará este humilde cravo se aproximar?”
Ao final, é claro ver que “Porcelana” não se trata de uma web feita para chamar a atenção, com cenas escandalosas e texto mal escrito. Sua autora realmente mostra talento e desejo em criar uma boa história, de fato, nas narrações de seus personagens, pequenos trechos em que descreviam o que sentiam, revelou uma sensibilidade incrível! Não, o problema de porcelana é ter uma autora ainda em seus pequenos passos, baseando-se em obras que a encantaram e tentando achar seu caminho! Seu erro então, não deve nunca ser encarado como a prova de que não possui talento, apenas de que ele deve ser acompanhado com o aprendizado!
Personagens vazios, diálogos irreais e texto tediante e fraco ganham a nota de hoje, mas a evolução e talento que, dependem apenas da autora, podem levar ao troféu amanhã!

________________________
- Notas
1. Essa coluna está protegida pela lei nº 9.610/1998, Art. 46 III, que protege a utilização de qualquer obra ou trechos dela, em qualquer mídia ou meio de comunicação para fins de crítica, estudo, ou polêmica.
2. Este quadro não tem como intuito rebaixar ou menosprezar qualquer autor ou obra, mas sim, de abrir um diálogo em prol da qualidade literária.
• Direito de Imagem (Rating)
Designed by starline / Freepik
• Direito de Imagem (Rating)
Designed by starline / Freepik
0 comentários